O número de divórcios na Coreia duplicou desde 1995. Uma das razões tem a ver com o facto de a nação ter alcançado níveis de prosperidade bastante altos e, ao mesmo tempo, de se desprender da tradição. Um outro elemento que contribui a este aumento é a lei do divórcio, a qual permite que um casal se separe num instante. De facto, obter um divórcio é mais rápido e barato do que uma ida ao cinema. Mas vários juízes querem pôr fim a estas facilidades, as quais contribuíram para que a Coreia alcançasse uma das mais altas taxas de divórcio da Ásia. Uma das propostas é a de obrigar os casais a observarem um período de “repensamento” de modo a ponderarem as consequências do divórcio nos filhos e familiares.
Os juízes podem exigir a vários casais que se submetam a um período de acompanhamento psicológico antes que decidam separar-se ou então que esperem uma semana antes de assinarem os papéis, de modo a repensarem. Parece que estas medidas começam a ter efeito: em 1995, o número de divórcios era de 68.300; subiu para 157.100 em 2003, mas começou lentamente a diminuir. Em 2005 o número foi de 128.500 num país de 49 milhões de habitantes.
Porém, estas iniciativas não são ainda contempladas na lei, ou seja, muitos recusam-nas por não serem lei. Uma parlamentar, Lee Eun-Yong, apresentou um proposta que, se for aceite até ao final de este ano, irá exigir que todos os casais esperem pelo divórcio ao menos 3 meses após terem entregue os papéis. Ela acentua, entre outras, a necessidade de proteger as maiores de qualquer divórcio: as crianças.