A trabalhar há dois anos na Missão de Maria Ratschitz, perto de Dundee sede da nossa diocese, a Irmã Anne, de 35 anos de idade, tinha trabalhado na pastoral vocacional e ultimamente tinha a seu cargo a formação das postulantes.
O edifício que servia de hospício para os doentes terminais de HIV/Sida tinha sido restaurado nos anos noventa sob a directa supervisão da Herança Patrimonial do KwaZulu-Natal pela qual era protegido.
Após a restauração do edifício – construído pelos Monges Trapistas na última década do século dezanove – as Irmãs Nardini fizeram dele o centro de apoio aos doentes de HIV, instalando aí um hospício que tem ajudado um elevando número de doentes. Até que, na noite de sábado para domingo, de 31 de Março para 1 de Outubro, um incêndio deflagrou no primeiro andar do edifício reduzindo tudo a cinzas, só os muros exteriores ficaram de pé; lá dentro um monte de cinzas cobre o que resta de quatro corpos: os três doentes e a Irmã Anne que, para os salvar, deu tudo o que tinha – a sua própria vida!
“O nosso programa de apoio aos doentes de Sida vai continuar” garante a Irmã Irmingard, encarregada do programa, “mas o incêndio e destruição do edifício representa uma grande barreira para os doentes que necessitam de cuidados constantes e continuados”. E conclui: “A Irmã Anne é uma verdadeira heroína, estou certa que vale a pena morrer tentando salvar uma vida”.
Tal como Jesus: ontem em Jerusalém – hoje na Missão de Maria Ratschitz.