Moçambique: Experiencia missionaria no Guiua

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{mosimage}INTRODUÇÃO

Foi no dia 2 de Setembro, depois de uma missa bem animada pela comunidade de Todos Santos, que demos inicio à nossa viagem para o Guiúa. A equipa viajante era constituída por 11 pessoas sendo elas 7 noviços (Adriano, Faustino, Fernando, Moisés, Henri, Tesha e Dido), o Pe. João e mais três amigas nossas: Cristina, Marisa e Joana, sobrinha do Pe. João. Os cânticos de alegria acompanharam a nossa viagem. Chegámos ao Guiúa por volta das 18h30 sendo calorosamente acolhidos pelo Pe Diamantino.

Os três primeiros dias foram consagrados ao conhecimento do ambiente fabuloso da área do centro. No dia 5 o Pe. João e a Joana regressaram a Maputo, enquanto a Cristina e Marisa, seguiram para Nampula. O Pe. Neves, juntamente com João e Mathias, ficaram em casa para darem continuidade às actividades quotidianas. No dia 15 os noviços Faustino e Moisés regressaram a casa para substituírem João e Mathias que, por sua vez, juntamente com o Pe. João, subiram para o Guiúa no dia seguinte. Durante esta nossa experiência, tivemos ainda a oportunidade de dar um saltinho até Massinga visitar os nossos irmãos e irmãs da Consolata. Celebrámos a eucaristia com os jovens e partilhámos o jantar com a família alargada do Pe. Artur que estava de visita. No dia 1 de Outubro, por volta das 7h30 regressámos a Maputo onde nos esperava um fraterno acolhimento ainda por cima, abençoado palas abundantes chuvadas que caíram na véspera.


«Quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á, mas quem perder a sua vida por minha causa, encontrá-la- á»

Antes de mais nada, achamos importante começar a partilha da nossa experiência missionária em Guiúa com essas palavras do Senhor, tiradas do Evangelho de S. Mateus para podermos dar uma imagem daquilo que é a missão de Guiúa. Para quem não conhece Guiúa, estas palavras devem servir-lhe de lema em caso de poder realizar alguma actividade pastoral ou missionária no Guiúa. Isso de facto porque Guiúa é uma terra já regada pelo sangue de 24 mártires, catequistas filhos dessa diocese de Inhambane que deram a sua vida no momento em que se estavam formando para o bem dos seus irmãos e de toda a Igreja. Foi neste espírito que dia e noite vivíamos de uma forma intensa, durante um mês, os momentos oportunos da nossa experiência. Dum outro lado, uma coisa é certa, é que não fomos ao Guiúa para arrancar medalhas e glórias de valiosos missionários, mas para aprofundar a nossa formação. Assim de forma humilde, trabalhávamos com energia e dedicação, encontrando pessoas; animando diversos grupos e comunidades; partilhando as nossas experiências e testemunhos de vida, estudando e rezando. Só desse modo conseguimos interiorizar vários pontos e virtudes aprendidos no nosso processo formativo através do Noviciado.

A COMUNIDADE

A paróquia Sta ISABEL de Guiúa é acompanhada pelos missionários da Consolata. Tem 10 comunidades, situadas entre 6 a 25 km do centro paroquial. A paróquia está sob a responsabilidade de dois missionários: o pároco, Pe. Diamantino Antunes (Português) e o Pe. Gabriel (Italiano) que neste momento está de férias. A paróquia abriga no seu seio o Centro de Promoção Humana e catequético, facto que faz de Guiúa um ponto de atracção e de convergência de vários missionários, de diversos grupos e animadores paroquiais e diocesanos, e promove actividades pastorais e missionárias, assim como vários encontros a nível da diocese. Tem também nesta paróquia uma comunidade de irmãs franciscanas de Maria que se dedicam a diferentes actividades pela promoção humana. Desde o dia da nossa chegada até ao dia do nosso regresso, beneficiámos de um acolhimento caloroso. Em cada rosto que fosse tanto dos velhos, dos jovens como das crianças, lia-se sempre esse sorriso acolhedor, essa confiança e alegria, fazendo testemunho de uma amizade profunda.

ACTIVIDADES

a) Trabalhos

O trabalho é um grande instrumento para a promoção de um povo e é o melhor meio de poder exprimir e cumprir o nosso serviço como verdadeiros servidores do Senhor. Assim, por meio de diferentes actividades, demos a nossa participação para construção da paróquia Sta Isabel de Guiúa. - Um grupo dedicou-se a cortar as árvores e a fornecer lenha ao centro.

- Outro grupo, dirigido pelo Pe. João, conseguiu dar ao jardim da casa paroquial alguns toques artísticos nunca
dantes vistos.

- Alguns noviços dedicaram-se a arrumar e a organizar uma nova biblioteca.

- Outros dedicaram-se a pintar a capela.

- Enquanto isso, o nosso irmão Dido empenhou-se a organizar um curso de informática.

Pouco, sim! Mais feito com um espírito de humildade. Para começar a servir, valeu muito.

b) Experiência pastoral e missionária

Esta constituiu uma das prioridades da nossa experiência. Formados a ser futuros sacerdotes missionários, pusemos uma atenção particular sobre as actividades pastorais. Através de visitas às comunidades, ao Sábado e Domingo e através da animação nos núcleos, às Terças e Quartas-feiras, treinámo-nos na aproximação às pessoas, a escutá-las e, ao mesmo tempo, a tomar conhecimento de diferentes problemas e realidades presentes nas comunidades cristãs. Pelo menos três vezes por semana, acompanhámos o Pe. Diamantino na bênção das famílias, percorrendo km e km a pé. Isso nos ajudou muito a entrar em contacto com a vida social e cultural do povo. Tivemos também a oportunidade de assistir a muitos encontros de animadores de diversas comissões paroquiais assim como diocesanas e isso enriqueceu muito a nossa experiência. Tivemos ainda outras actividades tais como:

- Catequese

- Ensaio de cânticos

- Animação dos grupos de jovens e adolescentes

- Animação das crianças (nossa preferência)

Com todas estas actividades, a nossa amizade com os jovens não tardou a tornar-se intensa. Através do canto e desporto, demos testemunho de uma juventude activa com plena esperança de um futuro esplêndido.

c) Formação pessoal e oração

As várias actividades enumeradas em cima não nos impediam de valorizar este aspecto tão importante para a nossa vida. Vivemos todo esse tempo da nossa experiência missionária como uma aprendizagem contínua. A cada situação e acontecimento, tirámos um ensinamento para o futuro. O estudo pessoal, as leituras agradáveis, passeios educativos e as visitas e descobertas interessantes, serviram-nos para a nossa formação pessoal. Junta-se também a esta lista o estudo das constituições do instituto (dado Pe. Diamantino) que nos ajudou a entrar no coração e no espírito da família missionária com a qual nos queremos identificar. Além disso, a experiência mais importante foi também a da nossa vida espiritual. Sabemos, muitas vezes, que o perigo numa situação como essa é cair num certo activismo. Fazemos tudo bem, trabalhamos muito, dia e noite ajudamos as pessoas e, desse modo tudo parece bastar, esquecendo-nos do motivo essencial pelo qual trabalhamos e, que é manifestar a glória de Deus aos povos e mostrar-lhes Jesus, fonte de todo amor. Por isso, fizemos da oração o combustível que alimentou cada momento a nossa vida. O que seriam todas essas maravilhosas realizações sem a pessoa de Cristo como centro de tudo? Despojadas de sentido sem dúvida. Se trabalhássemos pela nossa glória e pelos nossos próprios interesses, não seríamos diferentes de todos outros empregados que procuram o lucro. Procurámos fazer tudo olhando o exemplo do nosso ‘’Mestre Jesus ‘’ glorificando o Pai e servindo o seu povo. Através da oração pessoal, da participação activa na liturgia, da oração do terço e da Eucaristia procurámos robustecer a nossa fé em Cristo.

PEQUENA AVALIACÃO

A nossa experiência foi muito positiva e contribuiu realmente para a nossa formação. Ela permitiu-nos traçar, uma ideia daquilo que deve ser o tipo de vida que escolhemos. Foi uma experiência muito rica em todos os sentidos. Começando pela dimensão humana até à dimensão espiritual, envolvendo desse modo todo o nosso ser. Ela permitiu-nos aprender a acolher novas situações e novas possibilidades que fazem parte da nossa vida; adaptarmo-nos a todas elas e ao novo ambiente sem perder a nossa identidade. Achamos que o Guiúa foi uma boa escolha como lugar para podermos realizar esses nossos pequenos sonhos da vida missionária. Por isso, agradecemos intensamente ao Pe. Diamantino que nos acolheu na sua paróquia, pondo a nossa disposição os meios necessários para realizar, nas melhores condições a nossa experiência. Do mesmo modo, agradecemos também de todo o coração aos Pe. João e Neves nossos formadores que nos concederam essa oportunidade. Mais uma vez acabamos o relatório da nossa experiência com essas palavras tiradas do Evangelho de S. Lucas que são um convite a cada um de nós: «Faz-te ao largo; e vós lançai as redes para a pesca.» A missão é responder a esse pedido de Cristo. Aceitar fazer-se ao largo sem calcular os riscos, afastar-nos da nossa comodidade e aproximarmo-nos daqueles que necessitam, encontrar a salvação: Jesus Cristo.
Ultima modifica il Sabato, 07 Febbraio 2015 21:53
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