Uma senhora de 58 anos recebeu o seu fígado algumas horas após a sua morte. No mesmo dia, um dos rins deu nova vida a um jovem de 20 e poucos anos, enquanto que uma jovem de 35 recebeu o seu coração.
Tal acto de generosidade e altruísmo levou a que os familiares dos receptores dos órgãos tomassem a decisão de se tornarem também eles doadores de órgãos. A decisão da família de Choi Yo-Sam não foi fácil. Na Coreia do Sul é ainda tabu atentar contra o corpo de um morto.
Este tabu está profundamente enraizado na tradição confuciana. De acordo com a Associação Coreana para a Distribuição de Órgãos, há mais de 20 mil pessoas à espera de um transplante. No ano passado, apenas 148 pessoas mortas tinham autorizado a doação dos seus órgãos.
A sensibilização da população é feita através de campanhas nos meios de comunicação social, nas igrejas e templos, para ultrapassar este tabu. O exemplo corajoso deste campeão irá suscitar mais campeões da vida mesmo após a morte.