Coreia do Sul: CULTURA DO “BEM-ESTAR” INCLUI TAMBÉM O “BEM-MORRER”

Dic 16, 2008
di p. Álvaro Pacheco, imc
dimensione font riduci dimensione font aumenta la dimensione del font
Stampa

{mosimage}A saúde e qualidade de vida são uma obsessão colectiva na Coreia. De facto, é frequente ouvir-se dizer que este ou aquele produto são bons para a saúde. É neste contexto que a moda dos produtos “well-being” (bem-estar) tem invadido a Coreia. E a última novidade chama-se “bem morrer”.

Tem aumentado o número das pessoas preocupadas com o modo como irão deixar este mundo. Assim, não basta estar bem (well-being): é preciso também preparar-se para “morrer bem” (well-dying). O tema tem sido tratado por vários institutos, escolas secundárias, centros sociais e instituições religiosas. Há também centros de formação para profissionais do ramo no templo budista de Joghye e no centro protestante de Kakdang, em Seúl.

Para muitos, morrer bem é a forma correcta de completar uma vida bem vivida. Interessante é o facto de haver pessoas que, após terem participado num curso sobre “well-dying”, decidiram não cometer suicídio. É o caso de uma senhora de 43 anos que, após ter encontrado outras pessoas que tinham tentado o suicídio durante um destes cursos, decidiu que o suicídio era uma escolha estúpida.

Estes programas sobre “bem morrer” não são só para os idosos. Muitas pessoas dizem terem renovado o interesse e amor pela vida após terem participado no curso. Muitas empresas, incluindo a Samsung Eletronics, Motores Hyundai, Samsung Metalúriga e a Companhia de Seguros Kyobo, decidiram enviar os seus funcionários a estes cursos, oferecendo-lhes a oportunidade de reflectirem e desenvolverem as suas capacidades. Para o professor Há Ji-hyun, do departamento de Psicologia do Centro de Medicina da Universidade de KonKuk, a educação sobre “bem morrer” ajuda também a vencer a depressão.

Ultima modifica il Giovedì, 05 Febbraio 2015 20:29