A morte improvisa do padre Riccardo Silvestri, levara o padre Bindo a dar continuidade as visitas que o Silvestri começou no Apiaú e mais tarde lançar-se com o padre Giovanni Calleri na aventura e na fundação da Missão Catrimani. Mas a vida do padre Bindo tem varios momentos curiosos e originais que ainda hoje fazem dele uma figura única e simpatica, embora ele tenha sempre ser dos contra, quem o digam quem o ouve falar da questão da Raposa Serra do Sol, ou da evangelização do yanomami, invocando raios do Allamano sobre superiores e coirmãos que deixam, depois de mais de quarenta anos esse povo sem o anúncio de Jesus Cristo. Pelo menos esse é o pensamento do nosso padre Bindo que, apesar de heroíco para as suas andanças nas desobrigas cruzando os rios de Roraima, catequizando, batizando, casando, ficou parado no tempo sem se dar conta que a realidade mudou e que a pluralidade esige hoje o respeito e o diálogo com o outro, com sua maneira de ser, pensar, encarar a vida e a fé. Apesar disso, afirmava o Pe. Fernando, superior regional, na celebração eucarística que, além dos noventa anos de vida, celebrava os sessenta de profissão religiosa, desse nosso coirmão devemos aprender o seu amor por Roraima e os seus povos e sobretudo pelo zelo pela evangelização que nos matem atentos para que nossa missão seja sempre viva e presente no hoje da história. O festejado, para não se desmentir, e não vir menos a sua fama de original, concluiu a celebração com o tradicional canto de noite feliz que acompanhou com o seu inseparável acordeão, que dada a idade, arrasta em todo o canto.
E como não desejar ao Pe. Bindo, saúde e muita serenidade, com a esperança que cumpra com as orientações médicas para viver o tempo que Deus lhe dará dado que este ano no houve a tradicional despedida dos anos passados.