A delegação norte-coreana interrompeu a apresentação do depoimento do governo sul-coreano, exigindo o cumprimento de duas propostas completamente inesperadas. Ou seja, as autoridades do Sul esperavam que o Norte exigisse o encerramento do complexo de Gaesong como retaliação pela intenção do Sul em participar na Iniciativa de Segurança e Controle da Proliferação de armas nucleares proposto pelas Nações Unidas.
Pelo contrário, o governo do Norte exigiu mais contrapartidas económicas, incluindo a revisão dos contratos de empréstimo dos terrenos de Gaesong e o aumento dos salários dos funcionários norte-coreanos que ali trabalham. Ou seja, em vez de dar seguimento ao acordo que previa o uso livre dos terrenos até 2014, o Norte exige o pagamento de uma renda. Por outro lado, exigir o aumento dois salários dos funcionários norte-coreanos significa engordar os cofres do governo, pois os salários são depositados em contas do governo, o qual paga os funcionários em bens alimentares e outros.
De momento, as relações mantêm-se congeladas. Ao mesmo tempo, o Norte ameaça com a reabertura das centrais nucleares, sem dizer se e quando retomará a participação na ronda de negociações que visam o desarmamento nuclear da península coreana.