Este gesto do governo de Pyongyang deu-se um dia após ter sido assinado um acordo entre as delegações da Cruz Vermelha dos dois países, acordo este que resultou na marcação das próximas reuniões entre famílias separadas.
As reuniões terão lugar entre 26 de Setembro e 1 de Outubro na estância turística do Monte Keumgang. Serão as primeiras reuniões desde Outubro de 2007. Serão escolhidas 100 pessoas e seus familiares de cada lado da fronteira.
Desde que estas reuniões começaram em 2000, após o histórico encontro entre os presidentes das duas Coreias, mais de 16 mil coreanos de ambas as partes puderam encontrar os seus familiares pela primeira vez desde o fim da guerra das Coreias.
Estes gestos do governo do Norte não causaram qualquer mudança nas políticas do governo de Seul relativas às relações entre os dois países. De facto, a Coreia do Sul continua a exigir a desnuclearização do Norte como condição para um diálogo sério e profundo. Porém, é de notar uma certa flexibilidade por parte do governo de Lee Myong-bak, o qual recebeu os enviados do governo do Norte aquando do funeral do ex-presidente Kim Dae-jung.
Esta flexibilidade foi também usada no encontro entre as delegações da Cruz Vermelha dos dois países: a delegação sul- coreana desistiu de várias exigências, incluindo uma na qual pedia que as reuniões sejam regulares. Mas espera-se que tais reivindicações sejam retomadas no futuro, até porque há ainda milhares de coreanos que esperam poder encontrar os seus familiares antes do fim da vida.