De acordo com o Centro Nacional de Estatísticas, 12.858 pessoas cometeram suicídio o ano passado, ou seja, 35 por dia. O número de suicídios tem aumentado desde 2000, ano em que se registaram 6.444: em 2003 foram 10.898 e em 2005 registaram-se 12.011 mortes.
Os grupos sociais que apresentam uma taxa de suicídio mais elevada são os idosos e os divorciados. Estes dados colocam a Coreia do Sul no topo da lista dos países industrializados. O facto de que as previsões relativas aos próximos anos apontam para um contínuo aumento torna ainda mais urgente um debate social sobre o tema, bem como medidas concretas de prevenção.
Curiosamente, este aumento da taxa de suicídios tem sido paralelo ao aumento do poder económico e tecnológico do país. Alguns dos factores apontados por especialistas incluem a feroz competição presente em todos os níveis da sociedade, bem como a gradual perda dos valores da família e tradição. Consequentemente, têm aumentado as doenças do foro mental, bem como o stress psicológico. Porém, são poucas as medidas tomadas até agora para ajudar as pessoas que necessitam de ajuda urgente.
Faltam agências especializadas na ajuda psicológica, bem como iniciativas concretas por parte do governo para prevenir o suicídio e ajudar as pessoas em risco. Vêem-se cartazes informativos sobre a febre H1N1 por todo o lado, mas nada sobre o aumento e prevenção do suicídio. Certo, a febre H1N1 não pode ser ignorada, mas é urgente intervir rápida e eficazmente contra o suicídio.