44ª Assembleia Geral dos Povos Indígenas de Roraima

Pubblicato in I missionari dicono

O estado de Roraima realizou a sua 44ª Assembleia dos Tuxauas que congregou a cerca de 1220 participantes a partir do dia 10/03/2015 a 15/03/2015 no lago caracaranã, Boa Vista, Roraima. A frase principal da Assembleia foi “Fortalecer a nossa união, cultura, direitos, e autonomia”. As Regiões e Associações representadas na Assembleia eram; Amajari, Baixo Cotingo, Murupu, Raposa, Serras, Serra da Lua, Surumu, Wai wai, Taiano, Associação Kapoí, Os povos indígenas na cidade, Equipe da Saúde- SESSAI e Fundação Nacional do Índio - FUNAI entre outros convidados.

A Assembleia deu inicio com a chegada dos participantes no dia 10/03/2015 e logo no dia seguinte, a Assembleia começou com acolhida dos participantes de cada Região, as Associações e os Convidados, feitos pelo coordenador do CIR Sr. Mario Nicácio e coordenador da Região da Raposa. Logo após, a Região das Serras dirigiu a oração inicial e em seguida, apresentação de cada participante foi feito em forma das regiões, associações e em grupos dos convidados. O Coordenador do CIR apresentou a programação da Assembleia que foi aprovada animadamente. A ata da Assembleia do ano passado 2014 foi lida e aprovada pela Assembleia, que deu início pra tratar outros assuntos da Assembleia.

Cada Região foi convidada para apresentar os dados atuais da realidade comentando também sobre os desafios que cada Região esta enfrentando no momento. O problema mais frequente nas comunidades foi citado como casamentos das meninas indígenas com os motoristas não indígenas. Essas meninas tragam pensamentos diferentes nas comunidades que às vezes afetam o bem viver da comunidade. Ficou pra estudar como incorporar ou orientar os pensamentos dessas meninas no âmbito indígena sem prejudicar o bem viver da comunidade e sem condenar essas meninas. Foi comentado que os povos indígenas precisam ter cuidado de não ter indígenas entre eles com pensamentos dos brancos que massacrem o seu povo, a sua língua e a sua própria cultura. Um dos tuxauas comentou que tem alguns povos indígenas que não gosta de assumir a sua identidade. Ele falou que já ouviu alguém dizendo, “eu não quero ser mais índio e nem vou dançar parrisharra (Dança típica dos povos indígenas)”. Esse Tuxaua afirmou que os povos indígenas não podem recuar, não podem desistir, não podem desanimar, mas devem sempre lutar ate o ultimo respiro. Eles não podem se deixar perder a sua cultura e a sua língua. Ele falou que o povo que perdeu a sua cultura, que tem terras demarcadas e homologadas, mas ainda passa fome, que dorme no lixão, que não tem autonomia, esse não é povo mais e nem merece respeito nenhum. Ele acrescentou que, “os povos indígenas de Roraima ainda têm a sua língua, a sua cultura, os seus direitos e a sua autonomia, mesmo que precisam ser fortalecidos e se não, vão acabar se perdendo”.

Os mais experientes sempre insistem nas palestras questão das lutas para conquistar as terras e os direitos, de conservar a língua materna e a cultura, mas os experientes precisam não apenas dar conselhos, mas também dar exemplos. A frase que resoava muitas vezes na assembleia era, “Anna pata, Anna Yan”, isto é, Nossa Terra, Nossa mãe. A terra para o indígena é o seu meio de sobrevivência. Os povos indígenas Consideram a terra como um altar, pois, dela extraem e partilham a vida. Terra e a natureza são, para eles, ‘mãe’. Isto acontece por ser da terra que se gera a vida, da mesma forma que a mãe dá a luz ao filho.

Outro problema preocupante foi à seca que esta afetando criação do gado. Foi decidido como uma proposta articular projetos que possam ajudar criar mais poços pra combater seca em qualquer momento que chegue. Foi também destacado a questão da Saúde onde órgão responsável precisa rever a questão das estruturas em ruínas e os medicamentos que sempre estão em falta.

Segundo dia começou com oração inicial guiando pela Região de Baixo Cotingo. Logo após teve repasse das informações ao respeito da segurança no local da Assembleia e seguiu apresentação dos participantes que não conseguiram chegar pra Assembleia no primeiro dia. Logo após embarcamos no tema do dia sobre uma vaca pra o índio e outros projetos pertinentes. O projeto do gado foi apresentado como esta no estatuto e seguiu o debate ao respeito do mesmo. Foi afirmado que, entre outros projetos começados na mesma época, o único projeto que deu certo e perseverou foi o projeto do gado. Na parte da tarde, os coordenadores apresentaram a situação atual do projeto especificamente M Cruz começado pela Diocese de Roraima. O fim primordial do projeto foi pra ocupar as terras. Assembleia concordou continuar com o projeto como esta no estatuto e tentar cuidar bem o gado pra usufruir os benefícios em vista de alcançar autossustentação.

Durante a noite, foi tratada a questão do festival da Musica que vai valorizar a cultura indígena. A proposta foi aprovada na Assembleia e ficou pra equipe responsável concretizar o festival neste ano 2015 numa das Regiões no Estado de Roraima.

Foi feito também avaliação da eleição partidária de 2014. Os candidatos Sr. Mario Nicácio e Sr. Aldenir agradeceram toda Assembleia para ter votado neles mesmo em baixa porcentagem e eles mostraram que a derrota deles foi por causa da desunião entre os povos indígenas, implantação dos candidatos indígenas na ultima hora pelos candidatos brancos em vista de enfraquecer votação pra cada candidato indígena por causa de dividir os votos indígenas entres os candidatos indígenas que diminuem drasticamente possibilidade de um deles ganhar a eleição dando uma grande oportunidade pra o candidato não indígena, e por ultimo, venda dos votos entres os povos indígenas.

O terceiro dia começou com oração inicial e logo após entramos no tema do dia sobre questão fundaria, gestão territorial e ambiental: vigilância e fiscalização, invasão, indenização e desintrusão. Ao respeito do tema, foi citada uma comunidade de Anzol que ainda não é reconhecida e esta sendo ameaçando pelos invasores de pesca e de madeira.

Pela parte da tarde, entramos no segundo tema do dia sobre Saúde Indígena. O dia foi marcado pela presença do Senador Telmário Mota. O dia foi encerrando com a noite cultural.

O ultimo dia da Assembleia começou com oração como sempre e logo após deu inicio ao tema do dia ao respeito de Educação Escolar Indígena. O dia foi marcado pela presença do Dom Roque, da Senadora Ângela Portela e do Líder Yanomami Sr. Davi Kopenawa.

No final da tarde, cada Região se reuniu pra fazer avaliação e as propostas. Após do jantar, entramos na apresentação dos planejamentos regionais, avaliação da coordenação do CIR e aprovação das propostas. Os coordenadores gerais do CIR, Mario Nicacio, Ivaldo André e Telma Marques, reassumem mandato para mais dois anos, 2015 a 2017, frente à uma das organizações indígenas mais conceituadas do Brasil. Foi realizada posse da nova coordenação geral do CIR na presença das lideranças indígenas dos povos indígenas Macuxi, Wapichana, Patamona, Taurepang, Sapará, Ye'kuana, Yanomami e Wai-Wai, representantes de organizações indígenas locais e regionais, de entidades parceiras e instituições públicas.s participantes e em seguida, o encerramento oficial da Assembleia.

 

Ultima modifica il Mercoledì, 08 Aprile 2015 10:13

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