25 anni di cammino missionario sono già un bel pezzo di vita e una parte importante della nostra storia. Se nel nostro prossimo futuro non vogliamo essere come “attori che hanno perso il copione” diventa un bisogno urgente procurarci un quaderno, una penna e un po’ di tempo per scrivere la nostra autobiografia.
Ce lo dice Duccio Demetrio che ha animato i primi passi dell’incontro dei Missionari della Consolata prossimi ai 25 anni di ordinazione, 26 missionari provenienti dall'Europa, dall’Africa e dall’America e impegnati in diversi fronti di prima evangelizzazione e non solo in questi stessi continenti.
Se, per mezzo della scrittura, siamo capaci di rompere il guscio del narcisismo che ci rinchiude in noi stessi potremo personalmente intraprendere un cammino di maggiore consapevolezza che si tradurrà in un cambiamento e un miglioramento di prospettiva capace di generare futuro anche là dove magari pensiamo si trovino i nostri limiti personali e istituzionali.
La vita profonda delle persone è fatta di un presente intriso di passato capace di genera il futuro che vogliamo e di cui abbiamo bisogno. In una intervista concessa al settimanale Espresso Duccio Demetrio nel novembre del 2017 diceva: «scrivere non ci avvicina affatto a noi stessi, ci porta sempre altrove per consentirci di osservarci da lontano. Ci consente di attraversare e sostare nei luoghi più importanti della nostra vita, ma nel narrarli anticipa quelli di cui ignoravamo l’esistenza. Può apparire paradossale, e in effetti lo è: la scrittura autobiografica, grande metafora del nostro tornare a casa, in verità può generare l’effetto opposto. Scrivere ha il potere di separarci da quanto pensavamo fosse vicino, per scoprire che sull’uscio di casa c’erano le risposte che andavamo inseguendo».
Oggi, in un mondo quantomai interessato in cancellare la memoria, abbiamo bisogno di persone disposte a mettersi in gioco con la memoria e a fare della memoria un servizio irrinunciabile, garante di un futuro nel quale, gli errori del passato non si ripetono ma, senza dimenticarli, diventano una occasione per pensare, sognare e proiettare le trasformazione che saranno necessarie per costruire il futuro di cui tutta l'umanità ha bisogno. Una felice coincidenza il fatto che proprio oggi sia la giornata della memoria della Shoah.
Ecco un riassunto...
Duccio Demetrio. Professore ordinario di filosofia dell’educazione e della narrazione all'università bicocca di Milano, nel 1998 ha fondato la libera università dell’autobiografia di Anghiari e l’accademia del silenzio nel 2010. Due comunità no profit di formazione, promozione, diffusione delle letture autobiografiche. É autore di un gran numero di pubblicazioni che si possono conoscere in questo link. https://it.wikipedia.org/wiki/Duccio_Demetrio.
Living the present, soaked in the past and always open to the future
25 years of missionary journey is a meaningful span of life and an important part of ones history. If in our near future we do not want to be like "actors who have lost the script" it becomes an urgent need to get a notebook, a pen and some time to write down our autobiographies.
This is the message given by Duccio Demetrio who animated the first session of the meeting of the Consolata Missionaries who are celebrating 25 years of ordination or religious life. 26 missionaries are in attendance drawn from across the globe: Europe, Africa and America. They are engaged in various Missionary activities of evangelization. After nearly 25 years of mission experience, they have come together to share various richness, experiences and challenges of their shared call as Consolata missionaries.
If, by means of Scripture, we are able to break the shell of narcissism that encloses us within ourselves, we will personally be able to undertake a path of greater awareness that will result in a change and an improvement of a perspective capable of generating a future even where we may think our personal and institutional limits lie.
The deep life of people is made of a present full of past that is capable of generating the future we want and need. In an interview given to the weekly Espresso in November 17, 2017, Duccio Demetrio, advised; "writing does not bring us any closer to ourselves, it always takes us elsewhere so that we can observe ourselves from a distance. It allows us to cross and stop in the most important places in our lives, but in narrating them it anticipates those whose existence we were unaware of. It may seem paradoxical, and indeed it is: autobiographical writing, a great metaphor for our return home, can actually generate the opposite effect. Writing has the power to separate us from what we thought was near, to discover the doorstep to where we find the answers which we were chasing".
Today, in a world that is very interested in erasing memories and a history for that matter, we need people who are willing to put themselves at stake with memory and make memory an indispensable service, a guarantor of a future in which the mistakes of the past are not repeated but, without forgetting them, become an opportunity to think, dream and project the transformation that will be necessary to build the future that all humanity needs.
What a joyful coincidence! today is the memorial of the Shoah.
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Duccio Demetrio. Is a Full professor of philosophy of education and storytelling at the Bicocca University of Milan, in 1998 he founded the Free University of Anghiari autobiography and also the Academy of Silence in 2010. Two non-profit communities of training, promotion, dissemination of autobiographical readings. He is the author of a large number of publications that can be found in this link. https://it.wikipedia.org/wiki/Duccio_Demetrio.
Viver o presente, ancorado no passado e sempre aberto para o futuro
25 anos de caminho missionário são já um belo pedaço de vida e uma parte importante da nossa história. Se no nosso futuro próximo não quisermos ser como "atores que perderam o guião", torna-se uma necessidade urgente procurar um caderno, uma caneta e algum tempo para escrever a nossa autobiografia.
É o que nos diz Duccio Demetrio, que animou os primeiros momentos do encontro dos Missionários da Consolata, que já celebraram ou estão a ponto de celebrar os 25 anos de ordenação, ou profissão perpétua (no caso dos irmãos) presentes no curso. São 26 missionários vindos da Europa, África e América, e empenhados em várias frentes de primeira evangelização, e não só nestes mesmos continentes.
Se, por meio das Escrituras, formos capazes de partir a casca do narcisismo que nos encerra dentro de nós mesmos, seremos capazes de empreender pessoalmente um caminho de maior consciência que resultará numa mudança e numa melhoria de perspetiva, capaz de gerar um futuro, mesmo onde pensamos que os nossos limites pessoais e institucionais podem ser encontrados.
A vida profunda das pessoas é feita de um presente cheio de passado capaz de gerar o futuro que queremos e precisamos.
Numa entrevista dada ao semanário italiano Espresso, em novembro de 2017, Duccio Demetrio disse: "escrever não nos aproxima mais de nós, leva-nos sempre a outro lado para que nos possamos observar à distância". Permite-nos atravessar e parar nos lugares mais importantes da nossa vida, mas ao narrá-los antecipa aqueles cuja existência desconhecíamos. Pode parecer paradoxal, e de facto é: a escrita autobiográfica, uma grande metáfora para o nosso regresso a casa, pode de facto gerar o efeito contrário. A escrita tem o poder de nos separar do que pensávamos estar próximo, de descobrir que à porta estavam as respostas que perseguíamos".
Hoje, num mundo que está muito interessado em apagar a memória, precisamos de pessoas que estejam dispostas a pôr-se em jogo com a memória e a fazer da memória um serviço indispensável, um garante de um futuro no qual os erros do passado não se repitam, mas, sem os esquecer, tornam-se uma oportunidade para pensar, sonhar e projetar a transformação que será necessária para construir o futuro que toda a humanidade necessita. Uma feliz coincidência que hoje é o dia da memória do Shoah.
Duccio Demetrio. Professor Titular de Filosofia da Educação e Contação de Histórias na Universidade Bicocca de Milão, em 1998 fundou a Universidade Livre de Autobiografia de Anghiari e a Academia do Silêncio, em 2010. Duas comunidades sem fins lucrativos, de formação, promoção, divulgação de leituras autobiográficas. Ele é o autor de um grande número de publicações que podem ser encontradas neste link. https://it.wikipedia.org/wiki/Duccio_Demetrio.
