Paulo VI e D. Oscar Romero, os primeiros “mártires” do Vaticano II

Pubblicato in I missionari dicono

A 14 de outubro o papa proclamará santos Paulo VI e D. Oscar Romero, arcebispo de El Salvador, defensor dos camponeses, morto no altar a 24 de março de 1980 pelos esquadrões da morte. É uma canonização que se reveste de significado excepcional, indo muito além da elevação aos altares de dois novos santos. Em certa medida, eles confirmam que o próprio Concílio Vaticano II foi um acontecimento extraordinário de santidade, um novo Pentecostes, como disse João XXIII. Com efeito, após a canonização, em 2014, do papa Roncalli, inspirador, iniciador e guia do concílio na primeira fase (1962-63), o papa Francisco proclama também santo o papa Montini, que levou o concílio ao cumprimento e orientou as três fases seguintes (1963-65). Isto significa que as nove sessões e quatro períodos do concílio, do primeiro ao último dia, foram “unificados” pela inspiração e guia dos dois grandes pontífices.

Esta é a confirmação da excepcionalidade que o Vaticano II constitui na história da Igreja. Nenhuns outros dos 20 concílios anteriores se realizaram pelas razões que impulsionaram João XXIII a convocá-lo. O Vaticano II, efetivamente, não foi anunciado para condenar qualquer heresia no transformado contexto histórico e cultural da humanidade. Mas, sim, dialogar com todos. Como anunciar o Evangelho numa sociedade multiétnica, multicultural e multirreligiosa? Como dialogar com a humanidade globalizada, partilhando com ela o destino, as esperanças e os problemas? Como apresentar a um mundo secularizado a natureza e a missão da Igreja?

Por isso, a recepção do Vaticano II não pode reduzir-se a uma mera interpretação “jurídica” dos documentos conciliares, mas deve inserir-se na linha de uma “hermenêutica sapiencial ou profética”, preferida pelos dois papas do concílio e à qual se alinha também o papa Francisco. Com efeito, o que conta é compreender como assimilar e exprimir hoje a identidade cristã através de uma sua renovada compreensão e um testemunho mais

A canonização simultânea de Paulo VI e de D. Romero sublinha, portanto, a importância da interpretação sapiencial e profética do Vaticano II, sobre a qual ambos fundaram o seu serviço ministerial. Efetivamente, pode estender-se com razão também a Paulo VI o título de “mártir do concílio”, que é atribuído a Oscar Romero pelo arcebispo italiano Vincenzo Paglia, postulador da sua causa de canonização. «O martírio de D. Romero – diz ele – é o cumprimento de uma fé vivida na sua plenitude. Essa fé que emerge com força nos textos do concílio Vaticano II.

Neste sentido, podemos dizer que Romero é o primeiro mártir do concílio, a primeira testemunha de uma Igreja mista que se mistura com a história do povo com o qual vive a esperança do Reino. Uma esperança de justiça, de amor, de paz. Nessa perspectiva, Romero é um fruto belo do concílio. Um fruto amadurecido, através da experiência da Igreja latino-americana que, entre as primeiras do mundo, procurou traduzir os ensinamentos conciliares na história concreta do continente».

Paulo VI, o primeiro mártir incruento do concílio

Se foi necessária a coragem profética de João XXIII para anunciar o concílio, não foi preciso menos ao papa Montini para o conduzir até ao destino e começar a traduzi na prática as orientações. Para tal fim, Paulo VI escolhe deliberadamente a via da reforma. Ele próprio o afirmou na audiência pública de 7 de maio de 1969: «Entendido no seu sentido genuíno, podemos fazer nosso o programa de uma contínua reforma da Igreja: “Ecclesia semper reformanda”».

Torna-se assim um papa reformador. Ele sabia muito bem que, por causa dessa opção, se transformaria em sinal de contradição e iria ao encontro de um pontificado crucificado; mas oferece-se livremente para a sua paixão, como Jesus. Por causa do ser caráter reservado, percebe de forma mais acutilante o sofrimento que lhe causarão os numerosos casos de “dissenso eclesial”, a rebelião e o cisma de D. Lefebvre, os ataques de lhe caíram de todo o lado após a encíclica “Humanae vitae” (1968): os conservadores acusavam-no de ceder aos fermentos inovadores, os progressistas, por seu lado, de “trair o concílio” de avançar com passo demasiado lento e hesitante no caminho das reformas. Estas e ainda muitas outras foram as feridas dolorosas daquela que ele definia como «a coroa de espinhos do meu pontificado».

Apesar de tudo, o papa Montini, inspirando-se constantemente na interpretação sapiencial e profética dos textos conciliares, prossegue impassível na rota das reformas. Insiste muito na renovação litúrgica com a introdução das línguas modernas e com a possibilidade de adaptar a liturgia às várias culturas; impele a Igreja para uma maior colegialidade, criando o sínodo dos bispos; valorizou a vocação e a missão dos fiéis leigos, homens e mulheres, dando vida ao Conselho Pontifícia dos Leigos e à Comissão Pontifícia Justiça e Paz; imprime um forte impulso ao movimento ecumênico, realizando gestos que permanecem (a par dos documentos escritos) outras tantas pedras angulares no caminho de reaproximação entre as Igrejas irmãs. Por exemplo, como não recordar o abraço com o patriarca Atenágoras em Jerusalém, em 1964, ou o beijo aos pés do metropolita Melitão, em 1975?

Sobretudo, porém, a interpretação sapiencial e profética dos documentos do concílio conduz Paulo VI a repensar as relações entre a Igreja e o mundo moderno, entretecendo um diálogo leal com a cultura laica. A encíclica “Ecclesiam suam”, a primeira do seu pontificado (1964), continua a ser a magna carta do diálogo entre a Igreja e os seres humanos do nosso tempo. A orientação conciliar mais significativa do papa Montini permanece a “opção religiosa”, que tantas discussões suscitou. Com ela, Paulo VI, apoiado pela Ação Católica de Vittorio Bachelet, superou definitivamente – como pedia o concílio – colateralismo entre a Igreja e a política, que tinha caracterizado o período pós-guerra em Itália. “Opção religiosa” para o papa Montini não significava desinteresse pela vida política, social e económica; com ela pretendia, ao contrário, vincar o primado da evangelização, comprometendo a comunidade cristã a oferecer ao mesmo tempo um genuíno testemunho evangélico e a realizar uma obra necessária de mediação cultural e histórica dos valores cristãos.

Obviamente, a ação reformadora de Paulo VI não teve vida fácil. Alguns abusos, inclusive graves, que se verificaram durante o primeiro período após o concílio, ampliaram aquela aversão que, de modo mais ou menos subterrâneo, se difundia já em relação ao concílio. É eloquente o testemunho do cardeal Carlo Maria Martino, quando denunciou a existência na Igreja de «uma indubitável tendência a distanciar-se do concílio», da qual, no entanto, ainda que não a partilhando, se esforçava por compreender as razões. «Não há dúvida – escreve – que no primeiro período de abertura alguns valores foram lançados borda fora.

 “A Igreja, por isso, enfraqueceu»; portanto não deve, surpreender os medos e as resistências de muitos: «Posso compreender bem as suas preocupações se pensar apenas naqueles que neste período abandonaram o sacerdócio, em como a Igreja é frequentada por um número cada vez menor de fiéis e como na sociedade e também na Igreja emergiu uma desconsiderada liberdade». Todavia, estes e outros limites do pós-concílio não tiram nada à grandeza do acontecimento conciliar. Apesar de tudo – concluía Martini - «devemos olhar em frente. (…) Creio na perspectiva de longo alcance e na eficácia do concílio».

Infelizmente, depois da morte de Paulo VI e após o breve parêntesis do pontificado do papa Luciani, a “linha montiniana” reformista foi deixada cair. Com a eleição do papa Wojtyla nos anos 80 e seguintes ocorreu um longo período de “normalização”, durante o qual a reforma da Igreja no seu interior, querida pelo concílio, foi de facto posta em quarentena. Com efeito, os grandes e santos pontífices João Paulo II e Bento XVI  prosseguiram com decisão a renovação nas relações entre a Igreja e o mundo, mas, no que diz respeito à atualização interna da vida eclesial, preocuparam-se mais em salvaguardar-lhe a continuidade com o passado (a tradição) do que abrir-se às novas perspectiva indicadas pelo concílio.

Isto conduziu na prática ao congelamento do caminho de renovação da Igreja “ad intra” empreendido com coragem por Paulo VI. E mesmo “ad extra”, mais que incrementar a mediação cultural, o diálogo e a opção religiosa do papa Montini, prefere-se apontar para uma “presença” militante da Igreja como força social, disposta na defesa dos «princípios absolutos não negociáveis» e para um abstrato «projeto cultural cristãmente inspirado», na vã tentativa de recuperar no plano cultural a hegemonia que a Igreja tinha perdido no plano político. Conseguintemente, a interpretação sapiencial, característica da linha de Montini, foi deixada de lado, até à renúncia de Bento XVI e ao advento do papa Francisco, que, mal eleito, depressa se realinhou com João XXIII, Paulo VI e ao papa Luciani.

Ainda assim, mesmo durante este longo período, o Espírito Santo continuou a suscitar na Igreja uma série de “profetas”, fiéis ao espírito e à letra do concílio, que, avançando contracorrente, dele mantiveram viva a interpretação sapiencial. Hoje vemos o papa Francisco ir em peregrinação venerar um por um esses profetas do concílio. É evidente que o faz não só para lhes agradecer, mas também, de alguma forma, para reabilitá-los e ressarci-los dos sofrimentos e das incompreensões de que foram objeto no interior da Igreja.

Isto vale, em certo sentido, também para a canonização de Paulo VI e D. Romero. O papa Francisco deixou-o intuir, por ocasião da beatificação do arcebispo latino-americano: «O martírio de D. Romero – disse – não foi só no momento da sua morte: começou antes, começou com os sofrimentos pelas perseguições anteriores à sua morte e continuou depois, porque não bastava que estivesse morto: foi difamado, caluniado, enlameado. “O seu martírio continuou inclusive às mãos dos seus irmãos no sacerdócio e no episcopado».

D. Romero, o primeiro mártir cruento do concílio

Conheci D. Romero pessoalmente em janeiro de 1979, em Puebla, participando nos trabalhos da 3.ª Conferência Geral do Episcopado Latino-americano (CELAM), Era então diretor da revista “La Civiltà Cattolica” e tinha sido enviado a Puebla, como perito, pelo papa João Paulo I. O cardeal Sebastiano Baggio, que era presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina, quis que eu participasse nos trabalhos da 6.ª comissão de estudo, encarregada de aprofundar a relação entre evangelização, libertação e promoção humana, a que pertenciam também D. Oscar Romero e D. Hélder Câmara. Ao todo éramos 17, entre bispos e peritos.

Por isso, o meu conhecimento do arcebispo de El Salvador não foi fortuito ou fugidio. Trabalhamos juntos durante três semanas, dedicando muitas horas a aprofundar, à luz das graves necessidades dos pobres, a Palavra de Deus e o ensinamento da Igreja, para procurar as respostas a dar e as opções a tomar para anunciar o Evangelho em situações desumanas e anticristãs de subdesenvolvimento, de violência física e moral, de marginalização na América Latina e não só.

O trabalho da nossa comissão está condensado na segunda parte do documento final de Puebla, precisamente no parágrafo 4 do segundo capítulo, intitulado “Evangelização, libertação e promoção humana” (nn. 470-506). D. Romero – recordo bem – contribui ativamente para a redação definitiva daquele parágrafo, aprovado depois pela assembléia geral. Nele se pode encontrar muito do seu espírito pastoral e da sua coragem apostólica. Chegando a Puebla, levava comigo o preconceito, muito espalhado nos ambientes romanos, segundo o qual D. Romero era uma “cabeça quente”, um bispo “politicante”, favorável à teologia da libertação.

Desde os primeiros encontros pude descobrir um homem completamente diferente da imagem que me tinha sido feita em Roma. Tocaram-me desde logo a humildade sincera do trato, o extraordinário espírito de oração, a indiscutível fidelidade ao Evangelho e à Igreja, sobretudo o grande amor pelos pobres, pelos últimos dos seus campesinos. Exatamente o contrário dos preconceitos que tinha ouvido. Durante as três semanas de debate e trabalho comum, fiquei favoravelmente impressionado, sobretudo pela sua docilidade. Vi-o renunciar mais do que uma vez ao seu parecer, deixando-o cair sem insistir, quando a maioria da comissão se inclinava para outra solução.

Parece-me totalmente infundada a acusação movida contra ele (e contra outros bispos) de ser a imparcialmente a favor da teologia da libertação, de que eu conhecia bem as diferentes correntes e na qual estávamos interessados também nós na “Civiltà Cattolica”. Dei-me logo conta de que D. Romero e outros não eram de todo submissos em relação aos fautores de uma leitura marxista do Evangelho (que justamente a Igreja condena); muito mais simplesmente eles, ao denunciar as injustiças, aplicavam a Palavra de Deus diretamente aos problemas concretos das pessoas, sem demasiadas mediações.

Era, portanto um erro evidente confundir os desvios teológicos dos “cristãos pelo socialismo” com a leitura sapiencial que D. Romero e outros bispos latino-americanos faziam do Evangelho. Regressado a Roma, expressei este meu parecer numa entrevista difundida na rádio e depois reproduzida na imprensa. O cardeal Gantimn, encarregado de seguir os acontecimentos da Igreja da América Latina, chamou-me e perguntou-me o que queria dizer; eu procurei explicar-lhe em que consistia o “erro”, mas penso que não consegui convencê-lo!

Recordo, por fim as conversas amigáveis que tive pessoalmente com D. Romero, durante os intervalos. Uma vez disse-me que tinha sido enviado como bispo a El Salvador porque tinha fama de conservador, para reequilibrar uma situação eclesial difícil… Recordo, como se fosse hoje, um diálogo mais longo que tivemos um dia, durante a pausa dos trabalhos do meio da manhã.

Contou-me a situação dolorosa e dramática do seu país, que amava; falou-me dos direitos humanos espezinhados, do “desaparecimento” de muitos filhos seus, das torturas e execuções sumárias, do clima violento de repressão que estava a conduzir El Salvador para a insurreição popular (que ele temia). E, no entanto não teve uma só palavra de ódio ou de raiva; antes, acreditava firmemente que se deveria parar a violência, onde quer que existisse; dizia que a vingança devia ser banida e devia, ao contrário, triunfar a justiça no amor para se alcançar a reconciliação e a paz. Depois acrescentou que a opção preferencial pelos pobres se tinha tornado para ele uma razão de vida. E explicou-me como aconteceu a sua “conversão”.


«Quando assassinaram o meu braço direito, o P. Rutilio Grande – disse-me –, também os campesinos ficaram órfãos do seu “pai” e do seu mais corajoso defensor. Foi durante a vigília de oração, diante dos despojos do heróico padre jesuíta, que se tinha imolado pelos pobres, que eu compreendi – prosseguiu D. Romero – que cabia agora a mim ocupar o seu lugar, sabendo bem que também eu arriscaria a vida».

Ao certo ponto – recordo bem, como se tivesse acontecido ontem – interrompe-se; e, mudando de tom, acrescentou textualmente: «Acabei de saber que um meu quarto sacerdote foi assassinado. Sei-o. Mal me prendam, também me matarão». Olhei-o. Não mostrava sinal algum de pesar ou de medo. Sorria. O seu rosto deixava transparecer uma serenidade que só a fé profunda e um grande amor podem dar. Aquele rosto nunca mais o pude esquecer. Era o rosto de um mártir dos novos tempos. A sua “profecia”, feita-me nos finais de janeiro de 1979, realizou-se pontualmente um ano depois, a 24 de março de 1980, quando cai, vítima imolada no altar.O arcebispo de San Salvador sabia bem que não era o único perseguido pela sua fidelidade à Igreja e ao concílio. Disse-o explicitamente no seu diário: «Quem segue esta linha progressista de uma Igreja autenticamente fiel aos postulados do Vaticano II, tem de sofrer muito e até ser considerado com suspeição, mas a consciência e a satisfação de servir Deus e a Igreja valem muito mais do que qualquer perseguição».

A este ponto, é evidente que o papa Francisco, ao canonizar D. Romero juntamente com Paulo VI, pretende realçar e premiar o amor e a fidelidade à Igreja e ao concílio Vaticano II não só dos primeiros dois “mártires do concílio”, mas também de todos os outros – conhecidos e menos conhecidos –, na maior parte reduzida ao silêncio. Cabem a nós (com fidelidade e criatividade) a dar continuidade a essa herança carismática do concilio Vaticano II e a sua recepção nas varias conferencias episcopais e congregações. Assim seja!

Fontes:

BartolomeoSorge,SJ, In AggiornamentiSociali>>http://www.snpcultura.org/paulo_vi_e_oscar_romero_os_primeiros_martires_do_vaticano_ii_2.html.

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