“O capítulo geral indicou um novo modo de ser missionários: chegou o tempo de uma missão mais discreta, humilde, solidária, propositiva, alicerçada mais no “ser” que no “fazer”. Daquilo que estamos vivendo e partilhando, aparece sempre e cada vez mais evidente, que o tempo das obras, grandes e imponentes, já passou. Elas são difíceis de assumir, depois de nós, por parte da Igreja Local e além disso acabam por obscurecer as verdadeiras motivações da nossa presença. Parece-nos que está na hora de dar espaço a uma missão mais simples e mais espiritual, dependente do Espírito Santo, fundada sobretudo no testemunho” (cfr. Atos do XIII Capítulo Geral. p. 5)
O trecho acima citado, me parece ser o espírito e a carne de todos os desejos dos missionários capitulares e resume as proposições do XIII capítulo geral com seus desdobramentos posteriores, seja nas linhas guia da direção geral como também nos projetos continentais. Em todo acontecimento institucional, mormente naquele, como o Capítulo geral, destinados a marcar em profundidade a vida do Instituto, três elementos devem ser tomados em consideração: o evento em si, os documentos nele aprovados e finalmente a sua recepção.
No fundo, o capítulo foi uma grande ocasião para fazer um balanço sobre a vida e a situação do Instituto, verificar modo de ser missionários ad gentes, encontrar nova energia e apresentar uma forma diferente de viver e fazer missão. O evento em si, é de suma importância, com participação de 45 missionários: 21 africanos, 14 europeus e 8 latino americanos, representantes de 18 circunscrições. O próprio quadro dos capitulares, já reflete o carisma e a multiculturalidade da família IMC.
Portanto, o capitulo foi um momento de re-significar e atualizar o carisma. Essa busca de ardor novo tem sido traduzido em dois eixos: Revitalização e Reestruturação. Os dois eixos são duas faces da mesma medalha.
O que acontece e o mais decisivo é que para ser mudança e trazer essa mudança é absolutamente necessária uma ruptura, para não <<se acomodar a este mundo>> (cf. RM 12,2). Vale lembrar que, o decisivo na vida religiosa não é o que fazemos e organizamos, mas sim o que somos!
O aforismo popular nos lembra que: o que não se rompe, se integra. E o que se integra acaba por aceitar as regras do jogo da “ordem presente sem ardor”. Quero dizer, podemos conseguir montar instituições e obras eficazes para fazer o bem, quer às almas ad gentes, quer aos seres humanos em geral. Mas essa eficácia tem um preço muito alto. O preço consiste em que se torna praticamente impossível ser alternativa ao sistema, ao modelo de homem que impõe e exige este sistema de vida.
Pois bem, desde o momento em que não podemos oferecer uma alternativa ao sistema de valores que nos foi imposto, não temos outra saída senão ser reformistas. Mas é claro que nós não possuímos nem meios, nem capacidade para reformar e, nesse sentido, modificar o modelo de sociedade e de vida que nos impuseram.
E em grande medida, se fomos sinceros, percebemos que cada dia faz menos falta (principalmente nos países ditos avançados) o que de fato, fornecemos. Muitos religiosos ocupam lugar de suplência, cumprindo atividades (todas muito boas), que nos distanciam da irradiação testemunhal que o Carisma nos pede. Atuamos, sim, ainda hoje, como suplentes do Clero, e atuamos ainda hoje, sim, como suplentes do Estado. Essa postura não encanta! Serve-nos, como exemplo, o depoimento de uma juniorista que solicitava o indulto de secularização: “estou deixando a vida religiosa porque entrei para seguir Jesus, mas estou sendo pressionada a salvar uma obra”.
Ao mesmo tempo não estamos em condições ainda de oferecer aquilo que hoje o mundo precisa: pessoas diferentes, isto é, pessoas que vivem valores alternativos e que pensam de modo diferente dos que se acomodam à forma de viver que nos impõem. Não se trata de viver diversamente. Nem de seguir regras religiosas, carisma e nossas caraterísticas. Nada disso.
O desafio da vida religiosa desde no início não está no compromisso dos votos, mas sim na integração no sistema de valores, de ideias e de sociedade que impera neste momento. Agora, como podemos fazer essa integração, essa fusão de horizontes no mundo atual? Lembrando que, o lugar da Igreja na sociedade atual já não é o da dominância (entre os protagonistas sociais), ainda não é o da clandestinidade, mas já é o da recessividade, no mundo do privado, do voluntariado ou do terceiro setor.
Que serviço e vida atraente e admirável que a vida religiosa tem que oferecer à sociedade atual? Que modelo e mediações da instituição vão facilitar o nosso ad gentes? Enquanto nós, religiosos, não alcançamos a coerência e a harmonia entre o que dizemos, o que fazemos e como vivemos, a crise atual da vida religiosa vai ter difícil solução[1]. Uma das dimensões problemática que teremos que superar urgentemente é sentimento de superioridade que impede um diálogo e convivência efetivo em relação aos leigos. Pois, a peste do clericalismo será superada com um laicato maduro e responsável. Um exemplo profético atual é vivência religiosa do Papa Francisco: tão real, sem ocultamento, simples e bela.
Resumindo: temos necessidade de uma espiritualidade profunda, mística à altura deste momento eclesial e geo-política social. Só o místico pode sobreviver na sociedade atual sem se tornar violento ou cínico. Só o místico pode conservar a integridade do seu ser, porque está em comunhão com toda a realidade. Isto, sem dúvida é o verdadeiro fruto do um Capítulo.
VOLTAR A GRANDE INTUIÇÃO ORIGINAL
O essencial de qualquer vida religiosa, creio eu, constitui-se em realizar um modo de ser alternativo. A única coisa que interessava ao nosso fundador, Beato José Allamano, sem dúvida era missão ad gentes e Deus a todo custo. Porém, o alicerce de toda missão para o fundador se centrava não no que tinha que fazer, mas no que tinha que ser. Tanto que sua vida se resumiu a formação e direção espiritual. A sua vivência natural causava alegria e admiração. No tocante a isto, eis o testemunho dado por um seu íntimo colaborador, o cônego José Capella: “Allamano sempre quis assumir pessoalmente a direção dos exercícios espirituais; e, enquanto os dirigia, também os fazia, dizendo: ‘Não quero ser apenas um canal, que dá aos outros, mas também um recipiente, para receber as graças do retiro’.
Pode-se dizer que, sob sua direção, a Casa de Santo Inácio tornou-se um centro de retiros de primeira qualidade. Tanto é verdade que nunca sobrava um quarto vazio” (Discípulos em Missão, p.15). Me parece essa maneira de ser, e não tanto o empenho por fazer coisas mais ou menos eficazes, é que introduziu um fator decisivo de mudança na cultura do Ocidente e na vida da Igreja.
Queria evangelizadores bem preparados[2], “santos em grau superlativo” zelosos, dispostos até mesmo a sacrificar a própria vida. Por isso seu lema se baseia no ser também: “Primeiro santos, depois missionários”, entendendo o termo “primeiro” não em sentido de tempo, mas como valor prioritário e absoluto. Tal proposta foi renovada, em Novo Millenio Ineunte, onde indica a santidade de vida, como a primeira prioridade pastoral no início do novo milênio: “Não hesito em dizer que o horizonte para que deve tender todo o dinamismo pastoral é a santidade”. “É hora de propor de novo a todos, com convicção, essa ‘medida alta’ da vida cristã ordinária: toda a vida da comunidade eclesial e das famílias cristãs deve apontar nessa direção (NMI, n. 30).
O nosso Instituto, cumprirá sua missão se vier a ser como o cacau, que cresce viçosamente á sombra de florestas: Pelo “valor” de seu testemunho de vida, a congregação pode vir a ser a grande “fortuna” do povo, especialmente dos mais pobres. Mas onde encontramos o critério que nos orienta no necessário discernimento? Estamos seguros de que abandonar as obras paroquiais significa superar a crise? Não, irmãos! Nosso lugar, como Missionários da Consolata não é lá onde moramos; nosso lugar é onde amamos, onde testemunhamos! Nosso compromisso primeiro consiste em manifestar - profeticamente - o Carisma que nos encante e identifica, o primeiro amor com o qual respondemos ao chamado.
Portanto, o desafio maior é retornar ao carisma em todos os momentos. O carisma é, realmente, o nosso código genético que nos possibilita suscitar vida nova em cada época da história humana. O nosso carisma bem específico é para com os “areópagos” da missão ad gentes[3] (cfr. CG 33-36.80): não cristãos, ad extra, ad vitam e ad pauperes. Nestes âmbitos estão compreendidas outras dimensões, que tocam diretamente a nossa missão, como: o diálogo inter-religioso, a inculturação, os meios de comunicação social, os jovens, os imigrantes, a saúde, as periferias existenciais, a educação.
CAMINHO DE CONVERSÃO: IMPERATIVO OU MODISMO?
Conversão é uma realidade humano-cristã e fundamentalmente salvífica que expressa a dimensão dialogal entre o homem e o próprio Deus. Esse encontro é decisivo para a orientação da própria vida do ser humano atingindo o seu passado, presente e o futuro. O vocabulário bíblico da conversão apresenta dois termos: epistrephein e metanoien. Metanoia significa arrepender-se, sentir arrependimento, mudar de sentimento ou mentalidade a respeito de algo ou de alguma ação. No Novo Testamento, metanoia ganha uma dimensão mais profunda mostrando a ideia de voltar-se, converter-se, emendar-se, referindo-se não tanto à mudança prática e externa, mas quanto à mudança de pensamento e de querer.
Os grandes momentos de crise da Igreja e instituições foram superados exatamente pela renovação interior de sua hierarquia e membros[4]. Foi assim que chegamos ao Concílio Vaticano II, grande momento de primavera da Igreja, seguramente precedido pelo desejo de renovação e conversão. Renovação interior significa cuidar e valorizar o sentido da própria vocação. Ela se nutre de gratuidade, de motivação interior, da busca de algo mais dentro de nós. Realiza-se em situações difíceis, lá onde a profissão esgotou as possibilidades. Tem certo caráter de perenidade. Que voz (vocis) está na origem da sua vocação?
Sem dúvida, a revitalização só é possível se cada um de nós sentir profundamente a urgência de mudar a si mesmo para poder mudar as comunidades e, consequentemente, o Instituto, de maneira a recuperar a fidelidade ao carisma, o amor e a qualificação da missão Ad Gentes. Só conseguiremos mudanças significativas se vierem de baixo (humus) para cima, dos empobrecidos, dos anawins da periferia. Essa também é a visão do Papa Francisco que pode ser sintetizada na sua própria lexicon-“magellan’s gaze”. Significa êxodo, movimento de sair do centro e distanciar-se dele, para descobrir novas coisas. Nessa perspectiva geopolítica, o centro é definido como periferias ad gentes. O missionário deve situar-se no extremo, na fronteira. Nesse sentido, o lugar do missionário/a deve ser enleado com os processos culturais, particularmente com as situações conflitivas dispensando á humanidade, sob a divisa do evangelho, soluções, alternativas, caminhos para melhor viver, constituindo-se um povo redimido, transformado.
Ora, a polarização e falta de paixão pela missão principalmente dentro da igreja e suas instituições é uma questão teológica e pastoral, mas também geopolítica. Vale repetir aqui o velho ditado de grande verdade: “a cabeça pensa a partir de onde os pés pisam”. Efetivamente, vem a pergunta sobre as nossas práticas, prioridades e até os lugares que habitamos, formamos e trabalhamos. Será que os mesmos refletem as nossas opções missionárias[5]? Estão em sintonia com o nosso carisma? O desafio maior que recai sobre os nossos ombros é transformar as estruturas, centro e toda organização em algo decididamente missionário.
São questões hermenêuticas, isso é compreende-se a realidade somente quando é abraçada com paixão, sentida na pele e se alimenta com mística profunda junto com o povo. A conversão “recíproca”, então significa enxergar a realidade (missão) não a partir do centro, mas da periferia ad gentes, com os índios, os quilombolas, os excluídos, os migrantes, os jovens. E “nova evangelização” que dá continuidade à “primeira evangelização”, deve libertar das amarras da colonização, através da, “evangelização inculturada” (cf. SD 13, SD capítulo 1).
O desafio do cristianismo hoje particularmente nos países ditos cristãos é justamente “recristianizar os cristãos”. Isso é recuperar a dimensão teologal da vida crista. A missão ad gentes hoje não pode mais ser caracterizada pela distância geográfica — bastante relativizada pelos atuais meios de comunicação. O que caracteriza a missão ad gentes hoje é a “distância religiosa”, assumida pelos próprios atores que rejeitam qualquer “vinculação” transcendental do mundo e da humanidade. Por isso é fundamental trabalhar e investir nos leigos (sobre o nosso carisma e espiritualidade allamaniana) que podem evangelizar em muitos âmbitos sociais. Por fim, o essencial de nossa vida/missionaridade é ser místico-profético. Esse deve ser o que motiva o aspecto mais profundo da vida do um missionário. Os missionários não se guiem por uma reflexão frigida, seca e protocolar sobre Deus. Antes deve pautar-se por uma inextrincável relação entre espiritualidade e pratica pastoral.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A existência da vida consagrada é mistério, é um dom do espirito de Deus e não resultado de um modelo organizativo que perdura, que é bem-sucedido ao longo dos séculos. Ela nasce do encontros e desencontros misteriosos com Deus na oração e na contemplação compassiva do nosso mundo. Ela se mantém graças a um processo permanente de fé. Parece que estas palavra do profeta Isaías são dirigidas a nós: “Quem não crê não sobrevive” (Is 7,9). Mesmo quando cremos que já temos uma resposta, um projeto capitular, ainda assim temos que assumi-la com humildade, com temor e tremor, conscientes de que o Espírito de Deus nos supera por todos os lados e sua ação nos é misteriosa.
Anos atrás, o teólogo Johann Baptist Metz reivindicava a necessidade de novas instituições- “instituições de segunda ordem” - nas quais se expressasse a liberdade crítica da fé. Os sistemas fechados criam instituições nas quase tudo está previsto, prevalece o pensamento único, não há espaços para a diferença, a multiculturalidade. Precisamos nós abrir mais para novas formas e criativos de evangelizar. A vida consagrada está descobrindo hoje uma espiritualidade adequada ao nosso tempo. Nela, são levados em conta o corporal e o anímico, o psicológico e o espiritual. A vida espiritual deve servir como a terapia regeneradora. Isso é gerenciar equilíbrio, mais energia e paixão pela missão.
Por fim, não sabemos como será a vida religiosa do futuro ou no que terão de trabalhar os religiosos/as para ganhar o pão no dia de amanhã, mas é garantido que a experiência carismática será a única capaz de dar sentido a essa forma de vida crista. A missão fundamental da vida religiosa não é fazer muitas coisas, mas dar testemunho dessa dimensão carismática, teologal, transcendente da vida humana, estejam seus membros onde estiverem e seja qual for a profissão que exerçam. Talvez, porém, sejam necessárias vocações distintas (verdadeiros mestres espirituais) e comunidades distintas (verdadeiras escolas de experiência de Deus e de fraternidade). Essa missão é essencial hoje em um mundo de bem-estar, onde é abundante o prazer e escasso o sentido, de muita política e pouca mística, de muita técnica e pouca ética, um mundo abundante em meios e escasso em fins.
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[1] Uma vida coerente e transparente é indispensável. Às vezes, há uma tendência a “uma vida fragmentada” (uma vez cumprido meu dever como religioso, faço o que eu quero da minha vida), uma não clara identidade sexual e uma hesitação em assumir laços duradouros e comprometidos. O momento atual desafia muito o ministro ordenado. Conhecedor de dados da psicologia profunda, percebe pulsões inconscientes, não raro reprimidas por parte da instituição eclesiástica. Sente-se então infeliz e revoltado, sobretudo no que toca à sexualidade e à afetividade. Não consegue realizar as exigências de nova imagem de sacerdote que os tempos pedem. O mundo das relações com os fiéis enriqueceu-se, mas trouxe riscos e, não raro, turbulências afetivas. Como conjugar a transcendência própria do amor celibatário com a proximidade com os fiéis? Cabe-lhe distinguir relações humanas de amizade, de intimidade conjugal e de caráter pastoral. E aí situar-se sadiamente. Certas imposições eclesiásticas pesam-lhe afetivamente. O seu senso pessoal de dignidade e autonomia refuga tudo o que sugere mantê-lo em atitude infantil.
[2] Durante o processo de formação inicial, a nossa linguagem parece indicar que a formação intelectual, filosófico-teológica, é absolutamente dominante, enquanto a formação pastoral e, sobretudo, a formação humano-afetiva, comunitária e espiritual, são recessivas. Pois ao perguntar a um seminarista: Em que tempo de formação se encontra? Invariavelmente, ouvimos a resposta: Estou em tal ano de filosofia ou em tal ano de teologia. Isto é dominante, o restante é recessivo. Como nos desviar, no processo de formação inicial, de tal tendência? Por outro lado, os mais velhos, por ocasião de jubileus, ao recomendar bispos e padres, relacionamos ordinariamente seus empreendimentos ou suas obras. Ora, já dizia Segundo Galileia: “Dizer de um Padre ou de um Bispo que trabalha muito não se diz nada de importante”!
[3] A necessidade imperativo de inculturar o carisma. É necessário interpelar o carisma a partir das falas/crenças indígenas/afro/etnias/visão local questionadoras de herança coloniais/ideológicas que encobrem experiências de espiritualidade e que não são relacionadas com construções ocidentais. Relacionar-se ação evangelizadora, inculturação e as hermenêuticas que são construídas e desenvolvidas no contextos/tradições em diálogo com povos.
[4] Nós, missionários, somos o primeiro bem do Instituto. Muito bem, mas não pratica, ainda há fechamentos em nós mesmos e temos relações pouco significativas. Existem muitas desconfianças, superficialidade e não aceitação da correção fraterna. Há desintegração entre os missionários jovens e os mais velhos. Falta consciência de consagração, de colegialidade afetiva e efetiva.
[5] Muitas vezes, a formação e motivação religiosa é arcaica, ultrapassada, e facilita ao clericalismo e fechamento ao mundo real. Eis um enigma que precisa ser estudado de perto. Por exemplo, no segundo milênio entrou a concepção sacerdotal individualista. A imposição das mãos sai do contexto da Igreja local. Privatiza-se o ministério ordenado e valoriza-se o poder do indivíduo ordenado. Acentua-se o rito sacramental. A comunidade já não escolhe o ministro. Este se torna, sob certo aspecto, funcionário do poder. Possui autoridade por si mesmo, independentemente da comunidade. Estabelece relação direta com a realização dos sacramentos, máxime a da eucaristia, a ponto de sacerdotes celebrarem sozinhos. Na verdade, em certa forma, a ordenação separa o sacerdote do povo, enquanto no primeiro milênio o inseria nele. Reflete uma eclesiologia hierárquica vertical que é mais fruto do evento tridentino que do concilio Vat II.