“O Senhor fez em mim maravilhas” (Lc 1, 49)

Pubblicato in Missione Oggi

É este o tema geral dos nossos RETIROS em Fátima durante este Ano, em sintonia com o lema do centenário das Aparições. Quantas maravilhas o Senhor aqui realizou durante este Centenário em que milhões de criaturas foram tocadas pela graça misericordiosa de Deus. Maria foi o instrumento precioso nas mãos do Senhor para chegar ao coração de tanta gente que aqui acorreu e que foi atendida na sua oração. Somos convidados a celebrar as Maravilhas de Deus antes de mais no encontro dos pastorinhos de Fátima com o Anjo de Portugal e com Nossa Senhora na Cova da Iria. É uma ocasião para reflectir sobre a atualidade da Mensagem de Fátima: O que é que ela representou para a transformação interior dos pastorinhos e o que é que ela representa ainda hoje para nós.

Alguns pontos a considerar:

A. Fátima, antes de mais, é uma Revelação privada:

Conforme ensina o Catecismo da Igreja Católica, elas nada acrescentam de novo ao essencial da fé, “o seu papel não é ‘aperfeiçoar’ ou ‘completar’ a Revelação definitiva de Cristo, mas ajudar a vivê-la mais plenamente numa determinada época histórica” (CIC 67). Mas com frequência, em relação às aparições encontra-se uma curiosidade doentia que se fixa em pormenores periféricos sem captar o fundamental. No caso de Fátima, muitos olham-na como um conjunto de práticas ou devoções avulsas, fragmentadas, dispersas e até rotineiras, sem ligação ao núcleo da mensagem e sem o respetivo enquadramento. Não nos espantam até posições extremas de gente que vê Fátima com um embuste, uma mentira montada pela Igreja do tempo. Os órgãos de comunicação social, quando focam só as promessas, o consumo das velas e as penitências de joelhos, deixam na sombra o essencial e o mais belo do tesouro e da experiência espiritual que ali se encontra.

B. “Fátima é a mais profética das aparições modernas”

Podemos e devemos, pois, interrogar- nos: o que há de particular na mensagem de Fátima que justifique a atenção que suscita, a atração que exerce, o amplo eco que alcançou? À primeira vista, parece que nada tem de especial, porque é uma mensagem confiada a crianças pobres e analfabetas, que falam de uma novidade imprevista que as excede mas as atrai e seduz; uma mensagem adaptada à sua mentalidade, ao seu mundo simples de há muitos anos, expressada em conceitos que se referem à linguagem da época e nos podem parecer ultrapassados.

C. Poderá Fátima dizer ainda algo ao mundo de hoje?

O contexto e o conteúdo da mensagem não se confinam a um caminho de fé pessoal dos pequenos videntes, a uma circunstância particular do seu país ou a uma determinada verdade da fé em questão.

O seu horizonte é de alcance histórico e mundial:

- Refere-se às duas guerras mundiais e aos sofrimentos da humanidade com a morte e o extermínio de milhões de inocentes; - Refere-se aos regimes ateus e totalitários com um programa de negação de Deus e de perseguições à Igreja com a menção dos mártires do século XX (hoje contabilizados em 26.685.000 pelo historiador Andrea Riccardi como o próprio Papa reconhece; - Refere-se à grande causa da paz entre os povos. Tudo isto acompanhado pela promessa da misericórdia de Deus que se inclina sobre este mundo ameaçado e por um chamamento muito forte aos homens a não se resignarem à banalidade e à fatalidade do mal: é possível vencer o mal a partir da conversão do coração a Deus, da oração e da reparação do pecado do mundo.

É dentro deste contexto trágico que a Virgem Maria surge, em Fátima, como uma “visão de paz” e uma luz de esperança para a Igreja e para o mundo. Talvez só hoje, à distância de quase um século, estejamos em condições de compreender com maior profundidade a verdade e todo o alcance desta mensagem.

Nesta perspetiva, Fátima apresenta-se como - um sinal de Deus para a nossa geração, - uma palavra profética para o nosso tempo, - uma intervenção divina na história da humanidade mediante o rosto materno de Maria, - e por tudo isso é uma luz sobre a história.

Note-se que quando Maria realiza uma missão recebida de Deus, nunca é por algo sem importância ou por questões marginais; trata-se sempre do grave problema do destino do mundo e da salvação dos homens. Por tudo isto, o Papa São João Paulo II ousou afirmar que “entre os sinais dos tempos do século XX sobressai Fátima, que nos ajuda a ver a mão de Deus, Guia providente e Pai paciente e compassivo também deste século XX”. Nesta sequência, o Papa Bento XVI não hesitou em apresentar Fátima como “a mais profética das aparições modernas”. É uma mensagem para os nossos tempos. Porquê?

  1. O nosso mundo de hoje é um mundo problemático. Sem propostas de solução para os enormes desafios da humanidade.
  2. Um mundo pagão, que se afastou de Deus, religiosamente indiferente, que vive como se Deus não existisse. Fátima tem uma dimensão evangelizadora para o nosso tempo, Recordou-o em 2007 o Papa Bento XVI na visita dos bispos portugueses ad limina:

“Apraz-me pensar em Fátima como escola de fé tendo a Virgem Maria por Mestra; lá ela ergueu a sua cátedra para ensinar aos pequenos videntes e depois às multidões as verdades eternas e a arte de orar, crer e amar”.

Quais são então essas verdades eternas que em Fátima são proclamadas?

1. O primado de Deus e do seu Amor Trinitário

Nas Aparições, torna-se evidente que o verdadeiro e principal protagonista de todo o acontecimento é Deus pessoal, no seu Amor Trinitário. É d’Ele toda a iniciativa. De facto, no início, no meio e no fim das aparições do Anjo e de Nossa Senhora estão precisamente a visão e a experiência mística do mistério do Amor Trinitário em que os Pastorinhos foram iniciados, introduzidos, envolvidos, encantados e seduzidos pela sua beleza.. Expressa-o maravilhosamente o pequeno Francisco, no seu espírito contemplativo: “Gostei muito de ver o Anjo, mas gostei ainda mais de Nossa Senhora. Do que gostei mais foi de ver Nosso Senhor naquela luz que Nossa Senhora nos meteu no peito. Gosto tanto de Deus!” (M 141). Lúcia, por sua vez, exclama: “É esta graça de Deus que atua em nós, levando- nos onde Deus nos quer conduzir, e vamos contentes, como crianças abandonadas nos braços do Pai” (CVM 38). Esta experiência suscitou nos videntes, como resposta, a atitude de adoração onde germinam as virtudes da fé, da esperança e da caridade, como se pode ver nas orações simples que aprenderam do Anjo: “Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos...”; “Santíssima Trindade Pai, Filho, Espírito Santo adoro-Vos profundamente...”.

A experiência do Amor Trinitário acompanhou sempre os Pastorinhos e deve ser também a marca da espiritualidade cristã de Fátima (em boa hora foi dedicada segunda basílica de Fátima à SS. Trindade. Este é um dos aspetos essenciais da mensagem: reconduzir a adoração de Deus para o centro da vida da Igreja e do mundo, frente ao ambiente de ateísmo militante e persecutório que procurava erradicar Deus das consciências e da sociedade. Hoje, porventura, o risco não é tanto o ateísmo militante, mas sim a indiferença religiosa, a indiferença e a insensibilidade em relação a Deus, o viver “como se Deus não existisse” e ainda o neopaganismo em que o lugar de Deus é ocupado pelos novos ídolos. Por conseguinte, descobrir o gosto de Deus e da sua beleza, do seu Amor Trinitário, a dimensão contemplativa e mística da fé, neste ambiente de “eclipse cultural de Deus”, de ocultamento do sentido e da presença de Deus nas consciências, na sociedade e na cultura, constitui o grande desafio para o futuro da fé cristã e para a espiritualidade e a pastoral de Fátima. Esta é a grande prioridade da evangelização: tornar Deus presente, próximo e íntimo e abrir aos homens o acesso à experiência amorosa de Deus. Uma das tarefas mais urgentes da Igreja hoje é despertar o gosto de Deus, o gosto e a alegria de crer. “O cristão de amanhã ou será místico ou não será cristão” (K. Rahner); só a experiência da presença íntima de Deus poderá manter viva a fé.

2. Anúncio de graça e misericórdia Na sequência da manifestação do Amor Trinitário de Deus situa-se o anúncio de graça e misericórdia, de esperança e de conforto para a Igreja perseguida e para a humanidade caída no inferno do ódio entre os povos, das guerras mundiais e dos genocídios. Nas aparições do Anjo, este diz aos videntes: “Os corações de Jesus e de Maria têm sobre vós desígnios de misericórdia” (M 170).

 

3. Conversão do coração e Reparação Qual a nossa parte em tudo isto? Que devemos fazer para acolher o convite de Nossa Senhora em Fátima?: - Esta mensagem vem acompanhada pelo convite urgente à conversão e à reparação.

- É um chamamento à cooperação nos desígnios de misericórdia, a não nos resignarmos à fatalidade e à banalidade do mal. - Não podemos passar indiferentes ao mal nem tentar iludi- lo. - Trata-se, pois, de uma mensagem de resistência e de superação: é possível vencer o mal, os poderes infernais ou diabólicos, a partir da conversão do coração a Deus e da reparação; entendida esta como um chamamento à corresponsabilidade no Amor Trinitário pela salvação do mundo, a reparar com Cristo o pecado do mundo e os seus estragos, particularmente pela Eucaristia, sacramento por excelência do amor reparador de Cristo.

Fátima ajuda-nos, assim, a ler a história com a consciência de que é possível mudá- -la a partir de dentro, com a força que vem do alto. Este é um dos aspetos mais impressionantes da mensagem de Fátima: o chamar à solidariedade salvífica. Deus pede-nos uma resposta e vem ao nosso encontro por Maria, para procurar colaboradores em favor dos outros, porque se sentem envolvidos no drama da humanidade e das vítimas. Assim foi pedido aos videntes: “Quereis oferecer-vos a Deus (…) em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido?”. Sabemos qual foi a resposta dos pequeninos videntes de Fátima. “Queremos!” Bento XVI afirmou em Fátima, atualizando a mensagem: “Então eram só três, cujo exemplo de vida irradiou e se multiplicou em grupos sem conta por toda a superfície da terra que se votaram à causa da solidariedade fraterna”. Neste contexto, têm lugar e sentido a oração, a Comunhão reparadora, a reparação pela penitência até ao sacrifício como resposta à interpelação de Maria.

4. Centralidade eucarística

Quer na oração do Anjo na terceira aparição, quer sobretudo na visão de Lúcia com que encerram as aparições, o mistério da misericórdia de Deus-Amor Trinitário está centrado na oblação de Cristo na Cruz, donde flui no sinal do sangue para o altar da Eucaristia. É este mistério de amor misericordioso que celebramos na Eucaristia e que está no centro da espiritualidade de Fátima, seja na adoração eucarística seja na Comunhão reparadora, para, na união com Cristo, vivermos a orientação da nossa vida e renovar o sim da oferta de nós mesmos a favor dos outros.

5. A oração e o empenho pela paz O apelo à oração e ao empenho pela paz é uma constante na mensagem de Fátima. Nossa Senhora pede a recitação do Rosário pela paz no mundo, anuncia para breve o fim da Primeira Grande Guerra, adverte para a possível catástrofe de uma nova guerra mundial se os homens não se converterem e pede a consagração do mundo e da Rússia feita pelo Santo Padre em comunhão com os bispos (isto é, que envolva toda a Igreja) para que haja um tempo de paz. Pode resumir-se a mensagem na declaração de Maria na terceira aparição: “Se fizerem o que eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz” (M 121). Na mensagem sobressai o contraste entre “a grande” história das nações e seus conflitos, a história dos grandes e poderosos, com a sua própria cronologia e geografia do poder,  e a “pequena” história dos pequenos, pobres, humildes e sem poder. Estes últimos são chamados a intervir a favor da paz com outra força, outro poder, outros meios aparentemente inúteis ou ineficazes, tais como a oração, a conversão e a reparação.

Também hoje, a mensagem é portadora de um apelo suplicante à nossa geração, para que reconheça a tarefa desta hora histórica, a fim de que a humanidade não caia no abismo nem sucumba ao poder do mal. Está também presente o apelo ao confronto dos homens com a dimensão sobrenatural da paz de Deus. Fátima será sempre um símbolo vivo desta dimensão sobrenatural do homem, como fonte da verdadeira paz: “foi a dor dos filhos que fez gritar o coração da Mãe”, advertiu S. João Paulo II em Fátima. Rezar o Rosário pela paz é contemplar a história do mundo inteiro do ponto de vista de Deus (como história de salvação) e alegrar- -se por ver Cristo “fazer novas todas as coisas”.

6. A compaixão na relação com o sofrimento e com quem sofre Nossa Senhora foi mestra dos Pastorinhos na compaixão: com ela, eles aprenderam a “abrir o coração à universalidade do amor” (Bento XVI), a participar no amor compassivo de Jesus pela humanidade ferida, sobretudo pelos sofredores e pelos pobres pecadores que somos todos nós. Os pequenos videntes apreenderam que Deus, na sua misericórdia e ternura, não é apático nem indiferente aos homens, mas partilha o seu sofrimento e a sua suportação. Este aspeto é uma marca da espiritualidade de Fátima como imagem da Igreja chamada “a cuidar dos feridos e a curar as feridas”, levando aos que sofrem a luz e o calor do evangelho do sofrimento (fazer bem a quem sofre e fazer bem com o próprio sofrimento) e do evangelho da compaixão de quem sofre com o outro e pelos outros, compartilhando o sofrimento e oferecendo assim a consolação do amor solidário de Deus.

7. O desafio ao testemunho da fé e da santidade: Mártires do nosso tempo

A terceira parte do segredo de Fátima põe-nos perante o testemunho da multidão imensa de mártires cristãos do século XX por causa da fé, da justiça e da caridade. Hoje, assistimos a um martírio semelhante em várias partes do mundo. Embora no mundo ocidental não haja uma perseguição violenta aos cristãos, somos chamados sobretudo a dar testemunho num ambiente de indiferença, de hostilidade e de desprezo por parte de certa cultura dominante, que procura apagar a memória viva do Cristianismo e extirpar as suas raízes. “Se Cristo voltasse hoje, os homens não o poriam na cruz, mas expô-lo- -iam ao ridículo”, afirmou S. Kierkegaard. Ser testemunhas corajosas, convictas e alegres do Evangelho, da fé e da santidade neste novo mundo plural e pluralista é um dos desafios mais importantes. “A Igreja cresce, não por proselitismo, mas por atração” (Bento XVI). É deveras impressionante e atual o testemunho dos Videntes: na sua simplicidade de vida, mostram-nos como é possível a santidade no quotidiano pela oferta de si mesmos, com a preocupação de corresponder ao amor de Deus, de não O desgostar, de rezar pela conversão de todos ao seu grande amor e testemunhar a compaixão com os que sofrem. Na verdade, os Pastorinhos, orientados pelo Anjo de Portugal e na Escola de Maria, são modelo de fé e de santidade, cada qual com o seu caráter, o seu carisma, a sua vocação. Todos procuraram responder aos apelos da mensagem da Senhora, mas cada um de modo específico: Francisco, com o espírito mais contemplativo da presença gozosa de Deus, que ele quer comunicar aos outros; Jacinta, com o espírito mais compassivo com os que sofrem e os pecadores; Lúcia, com o espírito mais comprometido na missão de testemunhar e transmitir a mensagem de misericórdia e a devoção ao Coração Imaculado de Maria. Com a capacidade de atrair multidões, Fátima é chamada a difundir e promover a “santidade de povo”, ou santidade popular, acessível a todos, através da experiência íntima da santidade de Deus-Amor, do apelo à conversão permanente individual e da Igreja “sempre necessitada de purificação” e da vivência da comunhão dos santos. (Estas notas foram redigidas a partir da Carta Pastoral de Dom António Marto, bispo de Leiria-Fátima: “Maria, Mãe de ternura e de misericórdia” de 2015).

Ultima modifica il Lunedì, 19 Dicembre 2016 08:51
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