O Santuário de Santa Teresinha do Menino Jesus, em São Manuel, cidade no interior de São Paulo, foi escolhido pela Família Consolata para uma Peregrinação especial, neste domingo, dia 15 de fevereiro, quando se encerraram as atividades do Ano dedicado ao Bem-aventurado José Allamano. Nascido em Turim, Itália, Allamano fundou, em 1901 e 1910, duas congregações para a missão Ad Gentes. Faleceu em 16 de fevereiro de 1926 e foi beatificado no dia 7 de outubro de 1990.

São Manuel, a 180 quilômetros da capital paulista, acolheu em 1937, o padre João Battista Bísio, primeiro missionário da Consolata no Brasil. Com os padres Afonso Durigon e Pedro Calandri, Bísio assumiu a tarefa de terminar a construção do Santuário da Padroeira das Missões, mas também de buscar vocações e recursos para as atividades da congregação na África. Voltando ao berço da Consolata no Brasil, 78 anos depois, os peregrinos encontraram como pároco, James Mwaura, um padre do Quênia, país berço do Instituto Missões Consolata (IMC) na África, aonde em 1902, Allamano enviou seus primeiros quatro discípulos.

O Santuário que abriga os restos mortais do padre Bísio, falecido em 1947, lotou para a missa presidida pelo padre Salvador Medina, conselheiro geral do IMC. "Celebramos hoje o caminho da Consolata no Brasil, país que contribuiu para o mundo na teologia, na espiritualidade, no jeito de ser Igreja, com missionários e missionárias. Hoje, voltamos aqui enriquecidos para dizer muito obrigado". No início aram todos italianos. Depois a Família (padres, Irmãos, Irmãs e leigos) foi crescendo. Atualmente, as duas congregações juntas somam quase 2 mil membros provenientes de mais de 20 países e presentes em 31 países de quatro continentes.

Irmã Anair Voltolini, superiora das missionárias da Consolata no Brasil destacou a dedicação das religiosas que trabalharam no Seminário, na pastoral, na ação social e em dois hospitais de Botucatu. "As missionárias nasceram para trabalhar em comunhão com os missionários na evangelização e responder às exigências da missão", recordou Irmã Anair e explicou que, para Allamano não existia meio termo, mas a perfeição. "A missão deve estar na mente, na boca e no coração, em todo ser. Aquilo que eu assumo é pra valer". Essa reflexão também esteve no centro do Retiro anual da Família Consolata realizado em São Paulo ao longo da semana (9 a 14), como parte das atividades do Ano do Fundador.

O superior provincial do IMC, padre Luiz Carlos Emer, por sua vez, expressou a alegria de estar no "berço da Consolata no Brasil" e afirmou: "Não podemos ficar no passado, mas olhar para o presente e o futuro. A Igreja que recebeu tanto não pode ficar fechada em sua missão. Queremos sair daqui inspirados".

Para Irmã Melânia Lessa, "termina o Ano do Allamano e começa o nosso ano". A religiosa motivou os presentes a "sussurrarem" que vale a pena amar e anunciar Jesus. Lembrou também que, no dia 23 de maio, uma filha do Allamano, a Irmã italiana Irene Stefani, MC, "mãe toda misericórdia", como era chamada no Quênia, será beatificada.

A celebração contou também com a presença do clero de Botucatu, entre os quais, padre Adalto Martins, pároco da paróquia Nossa Senhora Consolata de São Manual criada em 2009, o ecônomo da diocese, padre Emerson Anizi e o chanceler, padre Joenville Antônio de Arruda que leu uma mensagem do bispo local, dom Maurício Grotto de Camargo. "Venho manifestar minha gratidão pela presença missionária ativa e frutuosa da Família Consolata em nossa Igreja particular de Botucatu... A Família Consolata pode contar sempre com nosso respeito, admiração, apoio e orações", dizia um trecho da nota.

Dona Ana Quessada, 86, é irmã dos primeiros padres da Consolata no Brasil, os gêmeos Joaquim e Segundo Quessada. Ela relata que, mesmo sem conhecer pessoalmente, o Allamano era uma referência para toda a família. "Ele era o pai que dava todos os bons conselhos". Dona Ana conta que o padre Bísio sempre lhes falava de Allamano e mostrava fotos dele como Fundador. Quando pediu para levar os irmãos gêmeos ao seminário, o pai colocou algumas preocupações. Mas, padre Bísio teria dito: "Quem der um filho para as missões, Deus nunca deixará faltar nada". E assim aconteceu.

Logo no início, em 1940, foram construídos seminários em Aparecidinha de São Manuel e Rio do Oeste (SC) e as vocações aumentavam, tanto que foi pedida a presença das Irmãs da Consolata para ajudar. Nos anos sessenta os missionários se lançaram no social e na formação humana com creches e cursos técnicos de mecânica, alfabetização e culinária. Todos os centros comunitários e capelas da cidade e da zona rural foram obras dos missionários. Esse enriquecimento para a cidade e município foi assinalado pelo atual prefeito, Marcos Monti, presente na missa. "Quero agradecer ao Allamano por tudo o que ele fez pelas missões e através dele, o trabalho dos missionários e missionárias em nossa cidade. Que ele ilumine e abençoe a cada um de nós em sua missão, com seus dons e talentos", discursou o prefeito.

Padre Durvalino Condicelli é o único missionário da Consolata filho da cidade. Ele recorda que quase uma centena de missionários trabalharam em São Manuel. "A cidade ficou conhecida através deles e dos que levaram o seu nome aos quatro cantos do mundo, inclusive na Coreia do Sul e Mongólia, na Ásia. Ultimamente, os missionários africanos, padres e seminaristas, procuram dar um novo rosto à paróquia. Eles tentam inculcar nas comunidades a verdadeira dimensão missionária da Igreja e a razão primeira da presença da Consolata em São Manuel".

Gerson Solano nasceu na fazendo Saltinho, zona rural, onde existiam várias comunidades. A região viveu o ciclo do café que aos poucos foi substituído pela cana-de-açúcar. Solano guarda como relíquia o Carro-capela itinerante, obra do Irmão Aldo Marini que levava os padres para celebrar missas nas fazendas. Após a missa, o Irmão sempre exibia um filme que atraia toda a população. Neste domingo, a Kombi-capela permaneceu estacionada em frente ao Santuário. "Nesta terra tão distante de tudo e de todos, a gente foi formando o caráter com a presença dos missionários. Eles nos fizeram sentir gente, filhos queridos de Deus", testemunha Gerson emocionado.

O coração do são-manuelense guarda uma gratidão eterna com muitos filhos e filhas do Allamano, homens e mulheres generosos que entenderam o mandato de Jesus: "Ide, pois, e fazei que todas as nações se tornem discípulas...".

A Peregrinação terminou com um almoço de confraternização para cerca de 350 pessoas no Clube Recreativo da cidade.

 Animador nato, belo confessor e exímio missionário do amor de Deus. Padre Ghibaldo Orestes, italiano nascido em Turim em 1918, foi homenageado por várias gerações da Paróquia Nossa Senhora Consolata, em Brasília, no dia 31 de janeiro de 2015. Gente de toda idade que partilha da alegria, das palavras e da direção espiritual do missionário há 25 anos, esteve na paróquia para comemorar os 97 anos de idade do “padreco”, como é carinhosamente chamado pela juventude.

Há um quarto de século e quase um quarto da vida, o missionário Consolata evangeliza e valoriza, na paróquia, o amor de Deus através da alegria, dos sorrisos, das broncas, do incentivo ao trabalho pastoral, da busca de lideranças, das palavras de apoio, da motivação nos vários encontros pessoais e comunitários. A nave da Paróquia Consolata, na capital do Brasil, ficou lotada para saudar o padre Orestes numa noite “ma-ra-vi-lho-sa!”, sua expressão preferida.

Padre Orestes presidiu a missa ao lado de cinco outros colegas, dentre eles, dois missionários da Consolata, um queniano e outro congolês, que trabalham em Roraima. Eles são frutos da missão realizada pela congregação na África, continente que agora oferece missionários para o mundo. O aniversariante, como sempre, encheu os corações presentes de alegria, música e sorrisos. As várias gerações de paroquianos conquistados marcaram presença para cumprimentar o diretor espiritual do Encontro de Casais com Cristo (ECC) e do encontro jovem Segue-Me, movimentos que têm a cara do homenageado da noite.

Missionário do Amor de Deus

Walkíria Santos de Melo, 68 anos, conheceu o padre na década de 80, quando participou do ECC. Ela falou da importância das palavras do padre no confessionário. “Ele é essa figura alegre sempre. Me ajudou muito na minha dor da viuvez, com palavras certas pra mim”, diz, emocionada, Walkíria. 

Marcus Antonio Lima Rocha, 53 anos, relatou a importância dos ensinamentos do vigário na vida dele como cristão e cidadão. “Ele (Pe. Orestes) me evangelizou. O que sei do amor de Deus, foi o padre que me transmitiu. Levei para minha vida pessoal e profissional o que ele me ensinou”, afirma o servidor público.

Bebel Paisano, paroquiana desde o início da Consolata, lembra a animação das missas de quando ele era pároco. Aos 88 anos, Bebel, que já foi ministra da Eucaristia, diz que se sentia mãe dele. “Ele é maravilhoso”, afirma a paroquiana.

Manuel Queiroga, 78 anos, afirma ter sido conquistado pelo padre há 30 anos. Ele frequentava outra paróquia e foi convidado para assistir uma missa presidida por Padre Orestes e nunca mais saiu da Consolata. “Desliguei tudo. Fiquei só aqui (na Consolata). Ele é um cara extremamente carismático”, comenta Queiroga, com sorriso.

Janaína Rocha, jovem do Segue-me Consolata nos anos 90 e atual dirigente do movimento, assinala que padre Orestes é parte da história do movimento em Brasília. “Posso afirmar que se não fosse pelo padre Orestes, não existiria o Segue-me na Consolata”, comenta Janaína, com admiração.

O gaúcho Selmiro Elias Moreira, 57, ao lado da mulher, Sônia Moreira, 52, afirma que a palavra emoção é a que define padre Orestes. “Tu fica alegre na missa dele. Tu pode estar triste, mas na missa dele se alegra”, afirma, sorrindo, o militar aposentado que conhece o padre há 27 anos, desde que chegou a SQN 113. A quadra dos militares do Exército, que colabora para a renovação intensa de paroquianos que vêm de todo o lugar do Brasil.

Pascom N.S. Consolata Brasília (DF).

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