Portogallo: Aspectos do Capítulo Provincial de Portugal

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Ser missionário como Maria

Aos pés de Nossa Senhora de Fátima, o Superior Geral do Instituto, apela a que Maria esteja sempre presente na vida de cada um.

{mosimage} “Adão é cada um de nós. É preciso ter a coragem de dizer: Aqui estou, sem receio nenhum, porque Deus vem ao nosso encontro ”, afirmou o superior geral do Instituto Missionário da Consolata, durante a celebração, na Capelinha das Aparições.

Na eucaristia, que marcam o fim dos trabalhos do capítulo da província portuguesa, Aquileo Fiorentini questionou qual a resposta que cada um de nós dá ao chamamento do Senhor: se nos escondemos ou se respondemos afirmativamente.

Aproveitando as leituras do dia, a reflexão do Superior Geral incidiu sobre o facto dos missionários estarem junto a Nossa Senhora, que cada um recebeu por mãe. “Vamos levá-la para casa. E se ela é missionária vai fazer mexer a nossa passividade e vai tornar-nos, a nós também, missionários”.

Aos missionários e fiéis que participaram na eucaristia, Aquileo Fiorentini recomendou que cada um trouxesse, sempre, Maria, no coração. O superior geral dos Missionários da Consolata esteve de passagem por Portugal a caminho de Moçambique.

“Nós somos missionários deste tempo”

Luís Maurício é o mais novo da reunião e participa pela primeira vez num Capítulo Provincial. O missionário assinala a importância dos trabalhos, para definir linhas de acção futura.

{mosimage}O futuro que preconiza o missionário mais novo, presente nos trabalhos do capítulo é, “mais aberto, mais missionário, mais positivo e sobretudo com mais espírito de evangelho e de missão”.

Esta abertura à sociedade civil, definida logo à partida, para os trabalhos capitulares é algo de positivo, para este Luís Maurício, a trabalhar na comunidade de Águas Santas.”As nossas portas e a sociedade estão a abrir-se para nos deixarmos também acolher por este mundo”, salienta.

Bastante sensibilizado com a opção de abrir as portas a outros que não os religiosos, esta abertura tornou-se uma necessidade. “Senão ficamos numa ilha, num mundo e num tempo diferente. Nós somos missionários deste tempo e, por isso, estamos aqui”, salienta.

Quanto a propostas, para os tempos de hoje, o missionário aponta, ainda, algum receio de conjugar o trabalho missionário com os leigos. “O medo não é negativo. Nem sempre é negativo. Às vezes, é uma prevenção para que haja atenção. Por outro lado, não podemos ficar no medo de nos lançarmos a viver desafios neste mundo, nesta sociedade”.

Leigos Missionários da Consolata participam no Capítulo

Teresa Silva, Leiga Missionária da Consolata testemunha a sua visão dos trabalhos do Capítulo do Instituto Missionário da Consolata

{mosimage}Teresa Silva, Leiga Missionária da Consolata é um dos elementos convidados pela região portuguesa para assistir ao capítulo. Além desta, as Irmãs Missionárias da Consolata, o conselheiro geral e responsáveis da província espanhola e italiana do IMC também foram convidados.

Esta é a primeira vez que os Leigos participam no Capítulo (ainda que sem direito a voto) mas, já no ano passado, haviam participado na Assembleia . Para Teresa Silva, esta abertura era o passo normal a dar “mais tarde ou mais cedo”, refere. “Nos tempos que correm, ia ser uma questão de tempo, os leigos estarem a trabalhar, em comunhão, com os missionários”, aponta também.

Actualmente, desde o último capítulo geral, o IMC reconhece os LMC como elementos integrantes do mesmo. Trata-se de “aspecto positivo, vem dar continuidade ao caminho que vimos a fazer: trabalhar em conjunto não só na animação mas, todos juntos”.

Além do convite, sinal de união, esta Leiga Missionária da Consolata refere ainda que duas propostas apresentadas, passaram. A que lhe diz mais respeito, refere-se à permanência de elementos dos LMC a trabalhar e viver no bairro do Zambujal, o Ad gentes da província portuguesa.
Aliás, defende, “ia ser um sinal vivo do que é o trabalho que é fazer missão no país. Porque há muitos missionários que não percebem o que é ser missionário leigo no país”. Teresa tem aproveitado para sensibilizar e dar a conhecer o trabalho desenvolvido pelos LMC em Portugal.

Em jeito de balanço, afirma que “Nós (LMC) ficámos mais ricos por ter participado, ter visto como é que funciona, ver como é que os missionários trabalham. E, a nossa visão, que é um bocadinho diferente pode complementar”, conclui.

Instituto mais voltado para a sociedade civil

Província portuguesa define linhas de maior abertura à sociedade civil em matéria de Justiça e Paz e Integração da Criação (JPIC).

{mosimage}Conhecer o projecto ESPERE para estudar a sua adopção em Portugal foi uma das decisões tomadas durante os trabalhos da tarde, de 28 de Junho, subordinadas ao sub-tema” Justiça e Paz e Integração da Criação (JPIC)”. Esta foi uma das propostas operativas que levantou dúvidas por parte de alguns missionários, nomeadamente no que respeita à sua adequação à realidade portuguesa. Mas foi assinalado por outros participantes que, é importante conhecer esta metodologia de reconciliação e que o ESPERE pode servir de mediação para cortar com a cultura de violência.

O projecto ESPERE (Escolas de Perdão e Reconciliação) nasceu nos Estados Unidos da América, foi levado para a Colômbia e já aplicado no Brasil. Na Colômbia, recebeu uma menção honrosa das Nações Unidas, pelo contributo que dá à paz.

Tendo como preocupação a justiça e a paz, os capitulares reforçaram a ideia que, “é necessário fazer das nossas comunidades, lugar onde possa germinar e se testemunhe a justiça e a paz, empenhando-se afincadamente na reconciliação e na prática evangélica da justiça”.

A província portuguesa aderirá também a iniciativas de economia solidária como o banco ético, mercado ético entre outras. Ou seja, a preocupação subjacente é de escolher instituições bancárias que sejam transparentes e que não estejam envolvidas em transacções e negócios menos transparentes.

Além da necessidade de maior proximidade das pessoas para as poder apoiar ajudar em situações de sofrimento, a abertura à sociedade civil faz-se, também num olhar atento às mudanças que a transformam. “As nossas comunidades façam a leitura e interpretação da realidade social, económica e política do nosso país para poder criar traços eficazes de acção e aprofundar a doutrina social da Igreja”, aprovaram os capitulares.

Os trabalhos do capítulo provincial do Instituto Missionário da Consolata decorrem até 30 de Junho, em Fátima. O encerramento está previsto para a Capelinha das Aparições, na Eucaristia das 12 horas, presidida pelo superior geral, Aquileo Fiorentini, de passagem por Portugal a caminho do Brasil.

Missão não é monopólio dos missionários

“Aprenda-se a trabalhar em rede” é o convite dirigido pelo capítulo provincial aos misisonários da Consolata.

{mosimage}A Missão já não é monopólio dos missionários. É convicção do capítulo provincial da consolata que “os problemas que se levantam no horizonte da missão envolvem todo o mundo e exigem respostas globais, com a participação activa de todos”.
Os parceiros da sua actividade missionária são “os amigos e voluntários, as associações e organizações, mesmo de inspiração “laica” envolvidas na solidariedade, na ecologia, na justiça, na paz e nos novos estilos de vida coerentes com os ideais da missão” .

Parceiros privilegiados da missão são as Irmãs e os Leigos da Consolata, assim como os diferentes grupos que formam a Família Missionária da Consolata. Todos eles partilham o mesmo ideal, herdado do carisma do seu fundador beato José Allamano.

A parceria destes diferentes grupos para a missão desenvolve-se numa instituição recentemente criada, o secretariado da missão. Em reuniões regulares é estudado e lançado o programa de actividades.

Missão não dá acesso à reforma

“Ninguém deixe de fazer missão, nem sequer por motivos de saúde ou de idade”, lê-se numa moção apresentada ao capítulo.

Os missionários idosos dominaram o primeiro dia do Capítulo Provincial. Com a discussão do documento “Fidelidade e Testemunho”, como “instrumento de trabalho”, os capitulares abordaram temas sobre o missionário, a missão e a comunidade missionária.

A foto apresenta três missionários: José Zintu, o capitular mais idoso, italiano com uma larga experiência missionária no norte do Brasil; e os capitulares mais jovens, Luís Maurício e Davide Kuzenza, argentino e tanzaniano respectivamente.

Cada vez mais as comunidades missionárias são multiculturais, formadas por missionários oriundos de diferentes países. Esta nova situação exige formação adequada e, ao mesmo tempo, revela-se um sinal para o tempo actual.

No início dos trabalhos, o Superior Provincial apresentou um olhar rápido sobre a situação da província portuguesa, pondo em destaque os problemas relativos à falta de missionários e ao seu envelhecimento.

“Passemos à outra margem”

“Vamos para o lado de lá”, é convite de Francisco Lopez, da Direcção Geral dos Missionários da Consolata, que presidiu esta manhã, 26 de Junho, à abertura do capítulo provincial.

Teve início em Fátima, hoje 26 de Junho, o capítulo da província portuguesa dos Missionários da Consolata. São 33 os participantes: os padres e irmãos que trabalham em Portugal, e ainda os superiores de Itália e Espanha, que representam as suas províncias; e os representantes das Irmãs da Consolata e dos Leigos Missionários da Consolata, que tomam parte como observadores.

Presidiu, à eucaristia de abertura, o padre Francisco Lopez, Conselheiro para a Europa a representar a Direcção Geral, que definiu o capítulo provincial como “momento importante para a vida de uma província”.

Comentado o texto do evangelho, exortou os capitulares: “Passemos à outra margem, para o lado de lá, para além do que fizemos até agora”. O trabalho do capítulo provincial levará ”a interrogar qual é a nova fronteira” da missão em Portugal.

“No nosso continente estamos a descobrir cada vez mais lugares onde a mensagem não chegou ou foi esquecida. Saibamos fixar a nossa atenção nestes espaços onde intervir e evangelizar”, recomendou Norberto Louro, superior provincial

Last modified on Saturday, 07 February 2015 20:50
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