Na sua tese de doutoramento, do departamento de Vestuário e Têxteis daquela universidade, o professor Um Hyun-shin revela que, num inquérito a 810 mulheres com mais de 18 anos, da área de Seúl e Kyonggi-Do (onde reside metade da população coreana), cerca de 69.9 por cento disseram sofrer de ansiedade e stress por causa da sua aparência física.
Para 26 por cento, a face é a parte mais importante da pessoa. Segue-se a forma do corpo (19 por cento), ambas bem acima da personalidade ou carácter (13.5 por cento). Confirmando a tendência da sociedade coreana em valorizar a beleza exterior, 55 por cento concordavam que a definição de beleza depende mais da aparência física que da beleza interior. Os homens também não escapam a esta visão de beleza. O mercado de produtos de beleza masculina está a crescer cada vez mais e aumenta o número dos que “vão à faca” para retocarem o seu visual.
Lembro-me que, um dia, estando eu na secretaria de uma paróquia, várias senhoras “crucificaram verbalmente” outra só pelo simples facto de ter aparecido na paróquia sem estar devidamente maquilhada. O que para mim parecia uma coisa banal era para elas algo fundamental. Não é fácil falar da beleza interior. Salva-me o facto de dizerem que não sou feio!