Na passada 4a feira, foram colocadas 32 fitas pretas numa árvore em frente à embaixada dos Estados Unidos, em Seul, em memória dos que morreram. À noite, 60 membros de vários grupos cívicos organizaram uma vigília. Um membro da Right Korea disse que “não há palavras que exprimam a nossa dor. Pedimos profundamente perdão, como coreanos, às vítimas e famílias desta inacreditável tragédia”. Mas tem sido a internet o local preferido para a partilha e expressão das condolências. Mais de 100mil internautas participaram numa campanha chamada “black ribbon” (faixa preta), que apela à colocação de uma faixa preta nas páginas pessoais da net.
Apesar das garantias de que os coreanos residentes nos Estados Unidos não serão vítimas de represálias, aqui muitos temem eventuais casos de violência contra nacionais coreanos. Mas penso que não irá acontecer nada, pois trata-se de um caso especial: o jovem Cho Saeung-Hui imigrou com a família quando tinha 8 anos, portanto, há 15 anos atrás. Tinha um carácter muito fechado e isolado, nada típico dos coreanos.
De qualquer modo, creio que este incidente constitui uma chamada de atenção à nossa sociedade dita “civilizada”, pois à medida que se desenvolve a tecnologia, mais desumana ela se vai tornando. A família é a instituição que mais tem sido atacada. Como em todo o lado, também cá na Coreia os problemas aumentam cada vez mais: vão da família à escola, à competição no local de trabalho, à pressão social centrada no materialismo, entre outros”.