{mosimage}"Ser cristão sem estar ao serviço dos outros e com os outros não é ser cristão", afirmou José Dias da Silva, durante os trabalhos do painel dedicado à temática do Trabalho
O professor aposentado defendeu perante os congressistas do IV Congresso da Família Missionária da Consolata que “um cristão que não está preocupado com os outros, não é um verdadeiro cristão”.
Dias da Silva refutou o conceito de fé, reduzido à ida à missa ao domingo, à catequese. “Isso tem muito pouco de Cristianismo”, apontou. Por outro lado, o homem não é só trabalhador, “é cidadão e crente”.
O professor e leigo ao serviço na diocese de Coimbra referiu que a sua opção por um trabalho social verificou-se pois “sentia que tínhamos um deficit de cidadania, também na Igreja”. Aliás “os cristãos não são construtores de Igreja”, apontou criticando o acomodamento dos fiéis em vez de como comunidade arranjar soluções, em conjunto.
Em matéria de desemprego, Dias da Silva frisou a necessidade das comunidades ajudarem e apoiarem aqueles que passam por estas situações. Os conselhos são três: “Ajudar o desempregado a manter a auto-estima”, “Acreditar que há dias melhores” e “estimular” o que cada um tem de bom, os “seus talentos”.