Tudo começou no dia 16 de Fevereiro com a celebração da Eucaristia das 19,00 horas para toda a comunidade de fiéis que frequenta a nossa capela. O P. Paco, na homilia, feita em português, partindo do Evangelho da Transfiguração, disse-nos como é importante que também nós façamos a experiência de Deus que fizeram os apóstolos junto de Jesus, que fez Abraão, que fez S. Paulo. É a mesma experiência que fez o Beato Allamano e que ele próprio nos propõe neste dia do seu nascimento para o Céu.
Às 21,30, junto da estátua do Beato Allamano, continuámos a nossa homenagem ao Fundador. Numa pequena celebração pusemos em relevo algumas das suas expressões sobre o ardor apostólico que nos deve caracterizar, sobre a Eucaristia como centro das nossas vidas, sobre Maria de cujos olhos somos a pupila, e sobre a esperança, a confiança e o optimismo que devemos, tal como ele, semear nas nossas vidas e no mundo inteiro. Foi um belo momento de oração, concluído com um pequeno cortejo em direcção ao pavilhão, ritmado ao som do “Caminha, caminha na luz: o Espírito é a força que nos liberta, caminha, caminha na luz”. Na luz de Cristo, naturalmente, mas também nas pegadas do Beato Allamano que ainda hoje marcam o nosso caminho.
Dentro do nosso pavilhão, realizou-se a segunda parte do nosso programa. Começou com uma bela dança feita pelo JMC pautada sobre sons musicais da canção:
“Vai, vai, vai Allamano!
O Senhor chama por mim!
Vai, vai, vai, vai, vai Allamano!
Sim, vou responder que sim!
Vai, vai, vai, vai, vai Allamano!
O Senhor chama por mim!
Vai, vai, vai, vai, vai Allamano!
Não sei se amanhã me chamará assim!”.
A dança exprimiu a vocação do Allamano e a nossa própria vocação, vivida segundo o seu espírito. Muito aplaudida, porque muito bonita e realmente bem sucedida.
Seguiu-se um pequeno vídeo intitulado “Missão com sabor a norte” que, em síntese, apresentou tudo aquilo que procuramos realizar dentro e fora do nosso Centro com todos os grupos que connosco trabalham para o mesmo fim: dar uma alma missionária a todos aqueles que gravitam à nossa volta.
Duas bonitas prendas do nosso artesanato local, oferecidas aos dois Visitadores, serviram de introdução a algumas palavras que gentilmente dirigiram a toda a assembleia, constituída por mais de 150 pessoas. Exortaram-nos a continuar e a alargar o trabalho de animação missionária e encorajaram sobretudo os jovens presentes na assembleia a estarem atentos à voz de Deus que continua chamar também hoje e a deixar-se preencher pela “coragem” que impele a entregar a vida a Deus pela Missão. “Não tenhais medo, a Missão espera por vós!”, foi o convite radical dos Visitadores. Depois de uma prece ao Beato Allamano e uma invocação à Senhora da Consolata passou-se à parte do convívio, onde um belíssimo e gostosíssimo bolo encimado pela figura do Allamano alegrou a numerosa assembleia.
No dia 17, Domingo, o ponto alto das celebrações foi a Eucaristia das 10, 00 presidida pelo P. Stefano Camerlengo e concelebrada por todos os membros da comunidade e pelo P. Norberto, Superior Regional. Durante a Eucaristia, animada pelo grupo coral e pelo Jovens do JMC, o nosso seminarista Marcos Leandro Babo Coelho fez a sua profissão religiosa. O seu gesto foi festejado por toda a assembleia, mas sobretudo pelos muitos jovens que no fim da eucaristia o cumprimentaram ao som de cânticos apropriados.
Seguiu-se o almoço de festa, em que participaram também as Irmãs da Consolata e os Leigos Missionários da Consolata da zona Norte.
A Visita canónica prosseguiu com o diálogo do Padre Vice Superior com cada membro da comunidade. Concluiu-se na manhã do dia 18 com um encontro dos dois Visitadores com toda a comunidade. Fizeram uma bela leitura do nosso trabalho e convidaram-nos sobretudo a:
• aprofundar o papel do Superior, não só como coordenador das nossas actividades; mas também como animador da comunidade e ponto de referência para a nossa comunhão de vida;
• procurar uma maior inserção nos vários sectores da diocese;
• fazer uma reflexão sobre o nosso carisma no que se refere à relação com as Irmãs da Consolata e com os LMC;
• elaborar no Centro de Espiritualidade e Missão algum material de apoio (“sussidi”) para a Região e o Instituto;
• estudar caminhos novos no âmbito da Justiça e Paz e diálogo interreligioso.
Da parte da tarde, antes de seguirem para Fátima, os Visitadores, acompanhados pelos padres Norberto Louro, Jaime Marques e Darci Vilarinho, foram recebidos em audiência pelo Bispo do Porto, D. Manuel Clemente, que nos deu a entender que está por dentro de todo o serviço pastoral e missionário que prestamos à Igreja local e fez votos para que com o nosso carisma animemos missionariamente a Diocese, uma vez que está convencido de que o futuro da Igreja passa pela Missão.