O governo do Norte ameaçou impedir ou limitar o acesso ao seu território através da zona desmilitarizada e avisou que o complexo industrial de Gaesong sofreria represálias, caso o incidente dos panfletos continuasse.
Em 2004, as duas Coreias acordaram em terminar com esta prática já muito antiga. Só durante guerra de 1950-53, foram espalhados mais de dois biliões de panfletos de propaganda por ambas as partes. Vários grupos cívicos têm apelado ao respeito dos direitos humanos no Norte, através deste meio. A estes juntam-se grupos de famílias de sul- coreanos que foram raptados no passado e norte-coreanos que escaparam da fome e perseguição das autoridades do Norte. Os panfletos continuam a ser enviados a um ritmo regular. Há várias semanas foram lançados para a costa oeste, de barco, 40 mil panfletos e 60 mil para a costa leste. Está previsto o envio de mais 100 mil no final deste mês.
O governo sul-coreano não tem fundamento legal para pôr fim a esta prática. Porém, a pressão das autoridades norte-coreanas, que deixaram de enviar panfletos nos anos 90, está a forçar as autoridades do Sul a pressionar estes grupos cívicos a abandonar esta prática. Estão em jogo as relações entre os dois países, relações estas que se encontram num à espera de melhores dias.