Tudo parecia muito vago sem uma motivação plausível que tal justificasse, mas como missionários sabemos que a missão vai além das paredes da nossa casa. O México, como nova fronteira para o nosso Instituto, alentou a ideia de realizar a festa e ir além do nosso pessimismo, da nossa casa meia vazia e da escassez de pessoal.
Várias foram as reuniões de preparação para a festa, numa delas, surgiu a ideia de realizar um peditório na Paróquia do Parque São Paulo, para isso foi feito um pequeno power point explicativo do peditório, que foi exibido e explicado no final das eucaristias de sábado e de domingo; foi ainda impresso um envelope que, na generosidade da gráfica, nos foi ofertado, este serviu para que as pessoas colocassem dentro a sua oferta. O retorno, embora não muito substancioso, foi razoável.
Responsáveis nomeados, as equipas começaram logo a movimentar-se, momentos houve em que parecia que tudo estava parado, mas na verdade tudo se movia em silencio e com constância.
Aos poucos foram chegando as ofertas, seja em comida seja em dinheiro e a festa começou a ganhar corpo nos cartazes, na publicidade feita nos mass media, na divulgação nos transportes públicos. Tudo isto se foi conseguindo graças à tenacidade do nosso amigo e colaborador sr. Egídio, que foi incansável.
Chegou a semana da festa e podemos contar com a presença dos padres Mário Silva e Tamrac, que vieram para colaborar connosco. Na véspera da festa, chegou o P. Ronildo que iria presidir à eucaristia.
A véspera foi recheada de movimento, eram autenticas formigas num vai e vem constante, mas cada um desempenhando com fidelidade a tarefa que lhe tinha sido atribuída. Houve quem ficasse toda a noite sem dormir, salgando a carne e preparando o fogo.
O dia de domingo acordou com muitas nuvens e com cara de quem vai descarregar uns bons litros de água. Os nossos colaboradores bem cedo foram chegando, metendo-se logo ao trabalho. Começou-se a organizar e enfeitar o local para a eucaristia, pairando sempre a dúvida se não iríamos apanhar com uma boa chuvada
As pessoas foram chegando para a eucaristia, acomodando-se nas cadeiras que estavam nos patamares da escadaria interna. Chegou uma senhora que frequenta a eucaristia aqui em casa e me segredou: “Não se preocupe irmão que não vai chover, esta manhã eu rezei um terço à mãe consolata e ela não vai deixar chover”. Que devoção e filiação à nossa querida Mãe!
A eucaristia começou, animada pelo grupo da paroquia do Parque São Paulo e preparada pela Carolina, filha do sr. Egídio.
Celebraram a eucaristia os padres Durvalino, Mario Silva, Tamrac e Ronildo que presidiu à eucaristia. O P. Mário deu as boas vindas a todos quantos, apresentando sobre o altar todas as famílias, todos os colaboradores e benfeitores, que na sua generosidade e dedicação têm oferecido do seu melhor a esta casa
Tivemos a entronização da palavra, com uma dança executada pelas aspirantes das irmãs dominicanas e pelo nosso seminarista Philip Njoroge. Os quais dignificaram este momento com arte e empenho. As pessoas ficaram contentes por verem os nossos seminaristas envolvidos e participativos nesta festa
Após a leitura da Palavra, o P. Ronildo falou-nos da sua experiencia e do seu trabalho missionário seja na região do Brasil seja na região Amazonas, da necessidade de uma entrega incondicional e dedicada à causa do Evangelho.
De um modo simples e direto, conseguiu cativar a atenção dos presentes e transmitir a sua bela mensagem de missionário alegre e pronto para abrir novos caminhos por terras do México.
Obrigado Ronildo pela tua presença e te desejamos boa missão no México.
Apesar das ameaças de chuva, esta não caiu durante a celebração da eucaristia, o que deixou muita gente perplexa, é que quando terminou e já estavam todos debaixo de telha começou a chover, não foi muita, mas foi o suficiente para todos olharem com carinho e agradecimento à Consolata.
Seguiu-se o almoço com o churrasco, leitão e frango recheado. A tarde foi preenchida com o bingo e com um grupo musical que veio animar a tarde. Apesar do tempo, as pessoas chegaram em bom numero. Pena que as comunidades do interior não vieram, talvez um pouco por nossa culpa que não os avisamos com tempo.
A festa terminou, foi dada o primeiro toque na arrumação. Os nossos amigos e colaboradores regressaram às suas casas. Todavia por aqui ficou no ar o espírito da solidariedade, da comunhão, da amizade de todas estas pessoas que desde o primeiro momento se entregaram de alma e coração a esta festa. O nosso obrigado!
Obrigado também ao P. Mário pela sua presença e trabalho, foi precioso nesta festa. Obrigado também ao Tamrac que para além de ter colaborado, veio dar um ar mais missionário e renovar a esperança da presença de mais missionários na Região.