2º Congresso Missionário de Seminaristas segue apelos do papa Francisco

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O padre Jaime Carlos Patias, secretário nacional da Pontifícia União Missionária, ajuda-nos a entender, nesta entrevista, a importância da realização do 2° Congresso Missionário Nacional de Seminaristas. O evento acontece, nos dias 9 a 12 de julho, em Belo Horizonte (MG), em um momento em que o papa Francisco, fala abertamente que quer uma Igreja em saída, missionária, que vá ao encontro de todos.
Desse encontro surge o desafio de fazer com que, sobretudo os futuros presbíteros, entendam que para fazer o que o papa pede. Uma das principais motivações para a ordenação sacerdotal deve ser a missão. Ir especialmente onde ninguém quer ir. Essa reflexão fará parte do evento e terá como um dos principais conferencistas, o cardeal dom Cláudio Hummes, presidente da Comissão Especial para a Amazônia, arcebispo emérito de São Paulo e prefeito emérito da Congregação do Clero em Roma.

Padre Jaime, por que um Congresso Missionário neste momento?
Estamos numa onda positiva quanto à dimensão missionária da Igreja no Brasil e seguindo os apelos do papa Francisco para uma Igreja em saída, os padres e seminaristas são lideranças chave. Por isso, não podemos deixar os seminaristas fora dessa reflexão.

Qual a finalidade do evento?
O primeiro Congresso foi realizado em 2010, há cinco anos. Nós temos que pensar no futuro dos presbíteros porque se a gente quer uma Igreja diferente, uma Igreja mais em saída, como o padre Francisco pede, precisamos apostar nos presbíteros. O Congresso tem como finalidade celebrar a caminhada já realizada e aprimorar a formação em vista de um autêntico espírito missionário. Está acontecendo uma reflexão através dos Conselhos Missionários Regionais (Comires) e Conselhos Missionários de Seminaristas (Comises). Queremos celebrar essas realizações que possuem muitas experiências missionárias. Existem muitas iniciativas de formação específicas missionárias e precisamos continuar. O Congresso quer impulsionar e também despertar novas iniciativas nos lugares onde não está bem encaminhado. A Igreja no Brasil tem uma certa caminhada de conjunto, então o Congresso ajuda a trazer seminaristas de todo o Brasil, para juntos partilhar experiências e incentivar uns aos outros.

Quais são as expectativas?
A gente espera pelo menos três frutos: que haja mais cuidado na formação, com mais sensibilidade para a missão, para a espiritualidade específica do presbítero; que se organizem ou se reforcem os Conselhos Missionários de Seminaristas e que eles (seminaristas) busquem iniciativas concretas dentro ou fora das dioceses para desde já, na formação, experimentarem uma missão concreta e consistente.

Hoje, no mundo secularizado, a importância de conscientizar as pessoas sobre a missão. Como é trabalhar isso com os seminaristas?
Partimos sempre do ponto de vista de que o seminarista é uma liderança. O padre tem que estar adiante, puxar o povo, liderar. E se ele não tem um espírito de liderança na missão a comunidade que se abrir nessa perspectiva terá dificuldades. Então a gente quer que os presbíteros tenham no coração a missão.
Os materiais do Congresso ajudam nessa percepção?
O cartaz e o tema do Congresso “O missionário Presbítero para uma Igreja em saída” e o lema “Ide sem medo para servir”, que é a frase do papa Francisco aos jovens chamam atenção. Desejamos que eles entendam que uma das principais motivações para a ordenação sacerdotal é a missão. Não é só administrar os sacramentos, cuidar das liturgias na comunidade já bem organizada e formada, mas pensar que eles são ordenados para o mundo, ir especialmente onde ninguém vai, ninguém quer ir, ninguém ousa sonhar ir. Elaboramos uma Cartilha de Preparação apresentando o tema do Congresso para ser estudada pelos seminaristas em todo o Brasil. O estudo nos regionais criou um ambiente favorável.

A Igreja local deve se preocupar com as igrejas de fora?
As Igrejas locais, às vezes com um bom número de presbíteros, de clero, devem se preocupar também com outras Igrejas locais que estão na África, na Ásia, em outros lugares no Brasil, também no norte, onde tem mais necessidade. Criar essa espiritualidade de saída, de generosidade, de disponibilidade e dizer: “Eu sou presbítero para a Igreja, não só para a minha paróquia pequena ou a minha diocese.” Essa é um desafio, mas já temos seminaristas que estão abraçando essa espiritualidade.

Com a perspectiva da Igreja em saída, como é trabalhar a missão além-fronteiras nas dioceses?
O Brasil tem 5.500 seminaristas, e mais de 10 mil paróquias, ou seja, meio seminarista por paróquia. Estamos com 24.570 presbíteros. Há regionais com poucos presbíteros. No Centro Oeste, para cada 300 mil habitantes, há um padre; no sudeste, em São Paulo, para cada 8 mil habitantes, um padre; na Amazônia, tem menos população, mas várias extensões sem a presença de um presbítero. Precisamos repensar um pouco na distribuição dos presbíteros... essa também será uma reflexão que traremos a este Congresso.

Como será a estrutura do Congresso?
Serão quatro dias: o primeiro, o dia do caminho; o segundo, o dia do encontro, encontro com o tema, encontro entre os congressistas, com Jesus; o terceiro dia, tem como palavra-chave, a conversão porque se há um encontro consistente com Cristo, este tem que provocar uma mudança de mentalidade. O quarto dia será o dia do envio, uma Igreja em saída, sem medo para servir.

E a programação?
Teremos quatro conferências que tratarão de temas como o missionário presbítero para uma Igreja em saída, que é o tema central. Mas quais são os desafios da missão para a formação do futuro presbítero? Dom Esmeraldo Farias, bispo auxiliar de São Luís do Maranhão, vai refletir sobre esse tema. Depois queremos ouvir também os leigos, e aí a presidente do Conselho Nacional do Laicato, Marilza Schuina, vai falar como os leigos percebem os presbíteros e como desejariam que eles fossem no futuro.
O cardeal Cláudio Hummes, presidente da Comissão Especial para a Amazônia trará as interpelações do papa Francisco sobre a formação do missionário presbítero. Por fim, o padre Estêvão Raschietti, secretário executivo do Centro Cultural Missionário de Brasília, apresentará a missão ad gentes no ministério do missionário presbítero. Encerrando a programação, no domingo, dia 12, teremos uma peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora da Piedade onde dom Walmor de Azevedo presidirá a missa de encerramento e envio para a missão.

Fonte: Pom.org.br

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