Os carismas religiosos: símbolo da Ressurreição hoje

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No mundo inteiro hoje, encontra-se um grande número de congregações religiosas e grupos de leigos e leigas que se colocam a serviço da evangelização tendo sempre um objetivo a alcançar a partir da vivência do carisma. O objetivo da vivência de um carisma é a santificação dos membros da mesma comunidade e também dos demais membros na sociedade (José Allamano). De fato, todos os carismas religiosos que se encontram na Igreja buscam atuar para o bem do ser humano e sua santificação (vocação de todos os homens e mulheres).Dentro da Igreja, os membros de uma comunidade realizam  trabalhos pastorais buscando levantar os caídos e dar uma nova esperança, a vivência de uma ressurreição.

Nesta perspectiva, este artigo se dá como objetivo ver na situação atual como os carismas perpetuam o mistério da Ressurreição na vida dos homens e mulheres; tratam-se  sobretudo daqueles que são crucificados porque este mistério só é possível no momento em que os crucificados descem da cruz. De fato, vamos percorrer alguns fatos no Antigo e Novo testamento para perceber o desejo e vontade de Deus de ver o ser humano livre, levantado.

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A Ressurreição é um substantivo feminino com origem no termo em latim resurrectio que significa o ato de ressurgir, ressuscitar, voltar à vida, também como ato de levantar. E o carisma (do grego kharisma) é um dom extraordinário e divino concedido a um fiel ou grupo de fiéis, para o bem da comunidade e da Igreja.

O símbolo da Ressurreição no Antigo Testamento

Por muitos anos no Antigo Testamento não se falava exatamente da palavra Ressurreição. Mas podemos encontrar vários elementos que manifestam este mistério vivido pelos antigos judeus. Aqui queremos mencionar alguns fatos deste símbolo.

O livro de Êxodo na sua grande parte demonstra este mistério onde Moisés recebeu a missão de tirar o povo de Israel na escravidão do Egito para levar até à terra prometida. A escravidão foi uma realidade muito dura para a vida do povo de Israel. Em outras palavras, o povo de Israel era crucificado no Egito e não tinha como viver uma vida digna de povo escolhido por Deus. Mas Moisés foi um grande símbolo de libertação enviado por Deus para este povo. A libertação da escravidão foi um momento propício onde o povo crucificado deixara de ser escravo e começar uma nova vida.

Neste livro de êxodo, três elementos são marcantes neste processo de libertação, de começo de uma nova vida.  Êxodo 3, 1-12 descreve a vocação de Moisés para lhe confiar a missão. Mas neste trecho, o Próprio Deus se manifestou dizendo: estou vendo muito bem a aflição do meu povo que está no Egito. Ouvi seu clamor diante de seus opressores, pois tomei conhecimento de seus sofrimentos. Desci para libertá-lo do poder dos egípcios e fazê-lo subir dessa terra para uma terra fértil e espaçosa, .... (Ex 3, 7-8).  O movimento feito por Deus é de descer do céu para libertar o povo. O fato de descer é o início do processo para tomar conhecimento bem de perto da situação do povo e procurar mecanismos eficazes para a libertação. Esta descida manifesta a experiência da divindade sensível à justiça e à violência, que vê, ouve, conhece os sofrimentos e torna-se presença libertadora junto aos oprimidos. Nisto, Deus se tornou presente no meio do povo sofredor na pessoa de Moisés que recebeu esta missão. Este enviado de Deus tinha conhecimento do sofrimento do povo e colocou em prática as palavras do próprio Deus. Não se pode libertar uma pessoa sem conhecer a sua condição e situação de vida.

O segundo elemento importante desta libertação é a saída da terra do Egito depois de Moisés realizar várias ações diante de Faraó para manifestar o poder de Deus. A libertação é o processo de saída, de partida. Depois de tanta luta com faraó, Deus deu indicações a Moisés para guiar o povo no caminho da libertação. Moisés não caminhou sozinho para ser livre, mas fez o caminho junto com o povo de Israel. Um ato de libertação demonstra que é preciso caminhar junto, valorizar todos para atingir um objetivo comum de viver digno na sociedade.  

O terceiro elemento marcante do Êxodo foi a travessia do mar vermelho que colocou um fim na perseguição do Faraó e seu exército. Esta passagem manifesta a vitória fundamental do poder de Deus. Este poder se encarnou na pessoa de Moisés que fez o povo passar do mar vermelho e seguir o seu caminho até a terra prometida. Este poder é de fato sagrado porque foi colocado a serviço da libertação dos oprimidos e da construção de uma sociedade justa, solidária e fraterna. A atuação de Moisés como mensageiro de Deus para a libertação do povo de Israel se estendeu também na vida dos profetas estando na Terra prometida.

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A atuação dos profetas (Amós, Oséias, Jeremias e outros) também é outro símbolo de Ressurreição para o povo dentro da sociedade hebraica no momento em que eles buscavam uma vida melhor para o povo sem discriminação. A voz dos profetas procurava tirar os crucificados pelos poderes da época a fim de conseguir uma vida digna para todos. Esta voz não era só para lutar para a mudança da vida do povo no aspecto social e espiritual, mas também era um caminho de mudança de vida para as autoridades daquele tempo. Mas vale ressaltar aqui que nem todos os profetas do tempo Antigo atuaram pelo bem de todos. Enquanto alguns lutavam por uma vida digna para todos, outros apoiaram a má governança das autoridades. Algum profeta pode ser enfatizado.

O profeta Amós foi pastor de ovelhas em Técua, uma terra que fica a 17 km ao sul de Jerusalém. Ele não foi um profeta da corte nem do templo, mas um profeta que conheceu e viveu no meio do povo camponês. A atuação deste profeta se deu no momento da prosperidade comercial do reino do Norte (Israel). Mas esta prosperidade só foi proveitosa aos membros da corte real e trabalhadores do templo. A grande maioria da população passava um momento difícil de endividamento, perda de terra e crescente escravidão. Os ricos aumentavam as suas riquezas a partir dos empréstimos usuários feitos aos pobres, com falsificação de pesos e medidas e com suborno aos juízes.  A corrupção era praticada também no meio religioso.

Diante desta situação, o profeta Amós recebeu a visão da parte de Deus. Mais uma vez, Deus desce para libertar o seu povo através do profeta Amós. Ele denunciou as situações de injustiça social e exploração por meio da religião. Assim o profeta lutou pelo direito dos pobres. Os crucificados eram estes pobres que não encontravam mais o valor da vida. A profecia de Amós buscou promover a justiça social para todos dentro de Israel. Amós conheceu bem a situação da sociedade da época e se colocou a serviço para a libertação do povo. Denunciou também os falsos profetas da corte e da religião.

As duas linhas de profetas (falsos e verdadeiros) existiram por muitos séculos na vida do povo de Israel. Assim elas iluminaram também a vida de Cristo e seus seguidores nas primeiras comunidades cristãs.

O símbolo da Ressurreição no Novo Testamento

O símbolo maior da ressureição no Novo Testamento é o próprio Jesus-Cristo, Deus que se fez Homem para levantar os caídos da sociedade. O mistério da encarnação demonstra uma vez mais a presença de Deus que desce para salvar o seu povo porque do céu, Ele ouviu o clamor do seu povo e decidiu, Ele mesmo, vir liberá-lo da escravidão da sociedade e do pecado. Jesus não só fez o movimento de descer nascendo de uma humilde virgem chamada Maria, mas também viveu no meio do povo e conheceu as alegrias e tristezas, sofrimentos e esperanças deste povo.

De fato, Jesus mostrou desde o início o objetivo da sua missão aqui na terra. Em Lc 4, 18-19, Jesus dá na sinagoga de Nazaré o sentido claro da sua missão a ser realizada : “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para anunciar a Boa Notícia aos pobres. Enviou-me para anunciar a libertação aos presos e a recuperação da vista aos cegos, para dar liberdade aos oprimidos, e para anunciar o ano da graça do Senhor”. Os verbos usados por Jesus mostram claramente a vida de pessoas crucificadas pelos poderes político-religiosos de seu tempo. E a sua missão é para ajudar os pobres, os oprimidos, os cegos, os presos a descerem da cruz para começarem uma vida nova. Jesus não só buscou a realização da ressurreição para estes crucificados da época, mas também trabalhou para a mudança de vida das autoridades a fim de ter uma sociedade melhor. Esta realização de Cristo foi possível porque Ele desceu, se esvaziou e conheceu bem a realidade da sua sociedade. Este fato possibilitou o levantar dos oprimidos, dos homens e mulheres caídos pela opressão dos poderes da época.

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Por causa da sua opção pelos mais pobres e na sua busca de fazer levantar os caídos, o próprio Cristo sofreu a sua paixão e foi crucificado pelos líderes político-religiosos. Também passou a mostrar o caminho mais amplo do mistério da Ressurreição para todos aqueles que acreditam nele. A ressurreição de Cristo se concretizou porque também José de Arimatéia o fez descer da cruz. O mistério da Ressurreição deu esperança aos discípulos de que é possível viver uma vida digna em Cristo onde todos os membros se sentem valorizados e acolhidos; onde não existe discriminação ou distinção de raças; onde não existe mais separação entre os povos. Porque onde tem divisão, tem  também a presença de pessoas crucificadas que sempre lutam pela dignidade. Assim como Deus fez com Moisés e os profetas, Ele o fez também na Pessoa de Cristo (descer-conhecer-buscar o caminho para a libertação, a Ressurreição).

Por isso, a atividade messiânica de Jesus e a atuação de José de Arimatéia se tornaram o centro da atividade evangelizadora dos apóstolos e discípulos de Jesus. Pedro, Paulo, João e outros atuaram para fazer levantar os caídos da sociedade buscando uma verdadeira libertação. A atividade de Cristo tornara-se o Carisma (dom extraordinário para o bem da comunidade) para perpetuar a missão de Cristo. Os Apóstolos e discípulos de Cristo viveram este mesmo espírito de descer para conhecer bem de perto as realidades dentro e fora de Jerusalém para assim encontrar o caminho (que é o Próprio Cristo) para a ressureição efetiva ou para levantar os irmãos caídos da sociedade. Eles continuaram o mesmo ritmo da vida de Cristo.

E a Boa Nova da salvação, da Ressurreição proclamada pelos Apóstolos e discípulos chegou até nós através da obra de evangelização realizadas pelos que receberam este dom extraordinário (Carisma) ao longo da caminhada do Cristianismo. São pessoas que fundaram ordens, congregações, grupos de espiritualidade e que também se tornaram modelos de vida para alcançar a santidade em Cristo.

O símbolo da Ressurreição nos tempos atuais

Os apóstolos e outros discípulos transmitiram de forma duradoura a missão de Jesus-Cristo após serem formados por Ele por três anos mostrando o caminho que deveriam seguir para que acontecesse o Reino de Deus. Este tempo de formação ajudou os discípulos a compreenderem qual seria a verdadeira missão deles no meio de uma sociedade que crucifica os marginalizados, os vulneráveis que são: os presos, os doentes, etc. Esta formação os ajudara a perceber o dom extraordinário (Carisma) que Jesus deixou a eles. Mas mesmo com esta formação, alguns discípulos não foram fiéis a esta missão e crucificaram também os próprios irmãos diante das situações extremas.

A formação é um elemento muito indispensável para poder aprofundar os ensinamentos de Jesus-Cristo. Ao longo da história do Cristianismo, muitos cristãos receberam essa formação para levar adiante a obra da evangelização. Esta obra se desenvolveu a partir de carismas que alguns membros ou cristãos da Igreja receberam  a partir da escuta e vivência da Palavra de Deus. Estes carismas são suscitados a partir de uma palavra de Deus seja no Antigo Testamento seja no Novo Testamento. Eles não são inspirados fora da realidade concreta da sociedade.

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De fato, cada carisma inspirado por Deus tem a finalidade de continuar a missão de Jesus-Cristo que é descer, esvaziar-se a fim de conhecer bem de perto a realidade, detectando a vida dos crucificados para chegar a fazê-los descer da cruz e permitir a eles uma nova vida, uma ressurreição. Por isso, existe carisma que tem como missão cuidar dos doentes, dos pobres, dos moradores de rua, dos membros de uma paróquia, os abandonados, os deprimidos, os idosos; missão que luta pela promoção da vida humana e da Mãe-Terra.

O carisma não se vive individualmente sendo um dom a ser compartilhado. Este dom se vive primeiro entre os membros que decidem vivê-lo dentro de uma comunidade ou de um grupo. Cada membro deve ajudar o outro a ter a capacidade de descer para conhecer o mundo do irmão e viver este processo de ressurreição antes de partilhar com outros. Por isso, existe tempo de formação nas congregações religiosas, nos diversos grupos dentro da Igreja. O carisma reúne pessoas em volta de um objetivo específico para a santificação dos membros e a continuação da evangelização.

No momento em que os membros começam a ter outro objetivo fora do carisma, alguns começarão a crucificar os outros dentro da própria comunidade para satisfazerem os próprios desejos. Isso aconteceu no Antigo Testamento, no Novo Testamento, na história da Igreja até hoje. Um crucificado encontra dificuldade de descer da cruz e participar do processo da ressurreição e também buscar levantar os irmãos (a ressurreição dos outros). Uma comunidade que tem o mesmo carisma deve ajudar seus irmãos crucificados a viverem a ressurreição de maneira plena onde cada um se sente valorizado e encontra a alegria de trabalhar para que aconteça o Reino de Deus de verdade. A discriminação, o racismo, o tribalismo e tantos outros males contribuem no sepultamento definitivo do carisma de uma comunidade ou uma congregação.

Por isso, cada carisma presente dentro da Igreja hoje busca ser símbolo de ressurreição para todos aqueles que são rejeitados pela sociedade ou esquecidos por causa do egoísmo. Ainda é possível no mundo de hoje viver a ressurreição desejada por Cristo para todos os que buscam viver a vontade de Deus. Esta vontade se manifesta nos ensinamentos de Cristo a partir da situação concreta. Assim, é preciso encontrar sempre novos caminhos para que a encarnação aconteça sempre e que o esvaziamento dos membros favoreça a realização da missão de levantar os irmãos e irmãs da mesma comunidade e também os da sociedade.

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Um exemplo da vivência de carisma é o Instituto Missões Consolata no meio de tantos outros institutos e congregações na Igreja. O Instituto fundado pelo Beato José Allamano na Itália atuam hoje em vários países de quatros continente tendo como Carisma: a missão ad gentes e a promoção da vida humana. Esta consagração à evangelização inicia dentro da comunidade para primeiro buscar a vida de santidade e depois ser missionário no meio do povo. Os membros buscam cultivar o espírito de família dentro de comunidades onde cada membro se sente e aceita o outro como irmão que vive o mesmo ideal porque não se pode conhecer a realidade ou a vida das pessoas na sociedade sem conhecer a vida do próprio irmão dentro da comunidade. Este espírito de família lembra a cada membro de que o missionário é o primeiro bem do Instituto e que deve ser valorizado. Isso mostra a importância de valorizar a vida de cada membro dentro da comunidade; buscar levantar os irmãos que se sentem fracos pelo peso do trabalho missionário. Dentro do ambiente da interculturalidade, da diversidade, cada um é chamado a colocar em comum o dom particular recebido de Deus; não é aceito crucificar um membro da comunidade em nome de um interesse pessoal ou de um grupo de pessoas.

Portanto, a presença de carismas dentro da Igreja manifesta a esperança da Ressurreição prometida e realizada pelo Próprio cristo. Estes carismas inspirados não se vivem fora das realidades dos seres humanos, mas sim no meio deles. Todos os seres humanos necessitam da Ressurreição para a construção de um mundo melhor. E os carismas incarnados nas realidades da vida lutam pela promoção do ser humano, sobretudo onde este ser é ameaçado. A fé em Cristo possibilita este acontecimento no nosso dia, na nossa sociedade atual. Que os diferentes carismas continuem sendo símbolo da Ressurreição para muitos que estão sendo oprimidos no mundo atual.

* Missionário da Consolata - Região do Brasil- Grupo Amazônia

Last modified on Friday, 12 June 2020 10:21

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