Abrirá ao público, no Consolata Museu | Arte Sacra e Etnologia, em Fátima, no dia 8 de junho, sábado, a exposição temporária de fotografia de Carlos Pimentel, "O Sal da Terra".
Vinte fotografias retratam a exploração da Salina de Batanhe, na província de Inhambane ( Moçambique). Criada há 50 anos, pelo Missionário da Consolata Padre Amadeu Marchiol, esta salina nasceu da necessidade de criar recursos, numa zona isolada e de clima adverso, sujeita a secas cíclicas que impediam colheitas regulares, e que assim ditavam anos de fome às populações de Nova Mambone.
A inauguração está agendada para as 16h00 do dia 8 de junho, inserida na atividade "Chá com Arte", onde após a degustação de biscoitos da Doce Oureana e da infusão de Aromas de Oureana, o fotógrafo Carlos Pimentel e Hugo Brancal, a pessoa que o desafiou a ir com ele visitar a missão, estarão à conversa no "Chá com Arte", dando testemunhos das suas experiências e projetos relacionados com esta Missão.
A exposição estará patente de terça a domingo até 29 de setembro de 2019, das 10h00 às13h00 e das 14h00 às 18h00.
A Flor do Índico é uma flor de sal improvável.Advém do oceano e da viagem que daqui se empreende. Da Baía de Bartolomeu Dias à planície interior, através da visão de um missionário italiano e do ritmo das marés, um longo canal transporta as partículas de cristal, depositando-as no terreno argiloso da Salina de Batanhe. Criada em Moçambique há 50 anos, pelo Padre Amadeu Marchiol, no extremo norte da província de Inhambane, esta salina dos Missionários da Consolata nasceu da necessidade de criar recursos, numa zona isolada e de clima adverso, sujeita a secas cíclicas que impediam colheitas regulares, e que assim ditavam anos de fome às populações de Nova Mambone. Hoje, depois de sobreviver, quer a desastres naturais, quer aos anos da guerra, a Salina de Batanhe é uma empresa social rentável. Emprega mais de 30 trabalhadores permanentes e 60 ocasionais, a quem dá assistência médica e aulas de alfabetização, promovendo também uma escolinha para a população através dos missionários. Recentemente venceu dois prémios, na área da inclusão e do agro-negócio em 2017 e o prémio Agro empreendedor em 2018. Ensaia agora os primeiros passos para a exportação fora do continente africano, preparando-se este ano para representar Moçambique na “Global Agripreneurs Summit”, na Grécia». Dom Diamantino Guapo Antunes |
«Esta exposição surgiu do convite do Dr. Hugo Brancal para visitar Moçambique e efetuar um registo fotográfico de algumas missões da Igreja Católica naquele país com o propósito de publicar um livro sobre as mesmas. Na segunda de duas visitas, ficámos a conhecer a província de Inhambane e o trabalho dos Missionários da Consolata na comunidade local, com a exploração da Salina de Batanhe.
Como fotógrafo foi uma experiência muito rica e gratificante. Conhecer um pouco da vida e obra dos missionários. Coisa que até então só conhecia da literatura e do cinema.
Em Moçambique conheci uma Igreja diferente daquela que conhecia até então. Agora olho para esses homens e mulheres com uma admiração que não dá para quantificar, pois é gigante.
Espero com as minhas fotos consigam mostrar um pouco do trabalho árduo e do bem que estes missionários prestam em África». (Carlos Pimentel)
Nome: Carlos Pimentel
Data de Nascimento: 15 março 1973
Naturalidade: Fronteira - Portalegre
Residente: Covilhã
Fotógrafo profissional desde: 1992