Quanto ao pequeno livro, contém
reflexões e orações a serem usadas nas missas entre os dias 17 e 25 deste mês. De facto, este
próximo domingo é particularmente dedicado à oração pela reunificação
nacional. Tudo isto num contexto de impasse não só relativo às relações entre as duas
Coreias, mas entre a Coreia do Norte e a comunidade internacional.
Infelizmente, este clima de
tensão originou já vários resultados negativos no processo de re-aproximação das duas
Coreias, o mais falado sendo o cancelamento, se bem que provisório, da viagem que o antigo presidente da
república, Kim Dae-Jung, iria fazer a Pyonghyang, capital norte-coreana, no fim deste mês. E, no meu ponto de
vista, o Mundial de Futebol tem feito com que as pessoas aqui na Coreia se sintam alienadas deste e de outros problemas...
ao menos por enquanto.
Por um lado, é incrível e bonito ver toda uma nação
unida, que torce pela sua selecção, facto que revela não o gosto pelo futebol (de facto, aqui
é ainda um desporto que pouco seguimento tem) mas sim a vontade de se abrir sempre mais ao mundo e de dizer
“nós também existimos”. Por outro lado, as pessoas deste lado da fronteira começam a
cansar-se das “birrinhas” e falta de fidelidade aos compromissos assumidos em inúmeras ocasiões
por parte dos irmãos do Norte. De momento, resta-nos rezar e esperar que a situação melhore, seja a
nível das relações inter-coreanas que a nível internacional, pois convém recordar que
as duas Coreias encontram-se ainda, teoricamente, em guerra. É que no final da guerra de 1950-53 não foi
assinado um tratado de paz, mas sim um simples armistício.
“Manda-nos, Senhor, a tua
paz!”