O presidente da Comissão para a Cáritas, bispo Lázaro You Heung-Sik, recordou o
sentido da vocação que deve animar todo o cristão empenhado no serviço dos mais pobres. No seu
discurso comentou algumas passagens da encíclica do Papa Bento XVI “Deus é Amor”, destacando:
“A Igreja é caridade, é amor. Por isso os agentes da Cáritas devem realizar a própria
identidade através do amor, tornando-se para o próximo luz no mundo.”
Os
participantes expressaram o desejo de continuar o serviço aos pobres, marginalizados e imigrantes, com particular
atenção aos irmãos da Coreia do Norte, muitos dos quais passam fome e sobrevivem com imensas
dificuldades. Recentemente, a Caritas coreana tornou-se a referência oficial para as ajudas humanitárias
à Coreia do Norte. Segundo o acordo, a partir de 2007, a Cáritas coreana assumirá totalmente a
função de coordenar e fazer chegar as ajudas humanitárias ao Norte, uma tarefa até agora
desempenhada pela Cáritas de Hong Kong desde o início dos anos 90. A Coreia do Norte reconhece a
Cáritas Coreana como o novo canal de relações com a Cáritas Internacional.
A
Igreja da Coreia do Sul olha para o norte da península com um novo entusiasmo e esperança. Nos
últimos tempos, foram numerosos os sinais positivos que fazem esperar uma nova era de diálogo e de boas
relações com o Norte. Porém, os mais recentes acontecimentos, nomeadamente os testes de
mísseis balísticos efectuados pelo governo do Norte, lançaram as Coreias num impasse político
que certamente terá repercussões em vários campos, incluindo o da ajuda humanitária.
Também é verdade que muitas destas acções de solidariedade conseguem contornar vários
obstáculos e jogadas políticas. Quando se tem fome, toda e qualquer ajuda é sempre bem vinda.