Reunidas em PyongYang, capital Coreia do Norte, as duas Coreias concordaram no passado dia 22 de Abril em realizar testes de circulação ferroviária na fronteira, no próximo mês de Maio. Porém, há que esperar ainda pela resposta afirmativa das autoridades militares do Norte, as quais se mostraram sempre contrárias a esta iniciativa. O Sul concordou também em enviar cerca de 400 mil toneladas de arroz no fim de Maio, mas este acordo não inclui qualquer referência à questão do desarmamento nuclear por parte dos Norte- coreanos.
Foram 4 dias de intensas negociações, que resultaram na elaboração de 10 pontos relativos a vários aspectos; porém, a questão dos testes ferroviários ficou adiada para os dias 27 e 28. Teremos que esperar e ver qual é o resultado. É que, sem o apoio das autoridades militares do Norte, os testes não se podem realizar. Já em Maio do ano passado, as facções militares mais radicais exigiram o cancelamento abrupto das negociações.
A Coreia do Sul concordou também em enviar para o Norte matéria-prima
para a produção de vestuário, calçado e produtos de higiene em Junho. E de 2 a 4 de Maio, delegados do Sul irão inspeccionar outras áreas a Norte onde poderão ser criadas novas zonas industriais como a de Kesong.
O que é certo é que não é fácil negociar com os do Norte, pois creio que é uma táctica para conseguirem sempre mais ajudas económicas, as quais são, segundo pensam muitos aqui no Sul, usadas não para alimentar o povo mas sim os militares. É que a Coreia do Norte tem tido, ano após ano, níveis de colheita muito baixos e, claro, sendo um país com um exército de cerca um milhão e 200 mil homens, é óbvio que sejam eles os primeiros a serem alimentados. “Soldado com fome significa revolta”: certo?