Brasil: Consolata e Missão

Pubblicato in I missionari dicono
{mosimage}No dia 20 de junho, comemora-se a festa anual de Nossa Senhora Consolata, padroeira de tantos missionários e missionárias espalhados pelo mundo.

O mês de junho é para nós, missionários da Consolata, tempo de alegria. Celebramos no dia 20, a festa de Nossa Senhora. Esta data se reveste de grande importância por dois motivos: primeiramente, porque trazemos conosco o nome “Consolata”; segundo, porque nosso fundador, o Bem- aventurado José Allamano, sempre nos ensinou que a Consolata é que era a “fundadora” do Instituto. Portanto, dia 20 de junho é dia de festa! Dia de celebrar a “fundadora”, a padroeira, cujo nome orgulhosamente (nos perdoem o atrevimento) trazemos conosco.

Nossa Senhora Consolata é a padroeira de Turim, cidade ao norte da Itália, onde Allamano trabalhou como reitor do Santuário por várias décadas. Foi daí que surgiu a inspiração para fundar dois institutos missionários. Ele dizia abertamente que foi a Consolata que lhe indicou essa vontade, isto é, foi a Consolata que o enviou em missão. José Allamano, por causa da sua débil saúde, nunca pôde ir, porém, enviou outros para a missão. Portanto para nós, missionários e missionárias, Consolata significa Missão.


Somos chamados a responder ao apelo de Jesus de ir e proclamar a Boa Nova, mas com um estilo especial: portadores da consolação de Deus. Nos é caro o apelo do Pai: “Consolai, consolai o meu povo” (Isaías 40, 1). O povo precisa da consolação do seu Deus, mas “quem enviarei?” (Isaías 6, 8). Os missionários e as missionárias da Consolata responderam: “Eis-nos aqui, envia-nos!”. Somos instrumentos nas mãos de Deus, para que a sua consolação possa chegar ao seu povo. Deus quis precisar de homens e mulheres para que a sua consolação chegasse aos confins da terra.

Maria: modelo

Maria nos serve de modelo, como aquela que soube, antes de mais nada, receber a consolação de Deus e depois “distribuir” essa consolação. Só podemos consolar, quando também fomos consolados. Maria tem plena consciência disso, no seu magnífico cântico após a visita à sua prima Isabel, canta: “olhou para sua pobre serva”. Maria sabe-se inteiramente consolada por seu Deus, um Deus que a visitou. Maria deixou-se consolar. Hoje, talvez resulte tão difícil consolar, como ser consolado. Por vezes, nossos “castelos” de orgulho e egoísmo nos impedem de ver e aceitar a consolação que Deus preparou para nós. Às vezes, é melhor ficar dentro de nossos muros, fechados, do que abrir as portas para que a consolação do nosso Deus possa chegar.

Maria é também portadora da consolação. Após a anunciação, sabe que vai receber esta consolação prometida por Deus e de imediato sente a necessidade de a partilhar com a sua prima. É esta explosão de alegria interior que faz Maria partir de uma maneira apressada (quem sabe se não mesmo correndo), apesar do terreno montanhoso (Lc 1, 39) e ir visitar sua prima Isabel. Logo após a saudação inicial da prima, Maria manifesta seu contentamento com uma canção maravilhosa, uma resposta exuberante de uma mulher que tem a certeza de que Deus a consolou. É enquanto consolada que Maria rejubila com as palavras do Magnificat.

Desde o início do canto, Maria dá a conhecer a razão de ser que a leva a engrandecer a Deus. Essa alegria é motivada pela consolação recebida “olhou para a humildade (tapeinōsin) da sua serva” (Lc 1, 48). Deus olhou para a pobreza da sua serva. Tal como Deus tinha olhado para a humildade (tapeinōsin) de Ana (1Sam 1, 11). É este olhar consolador de Deus que é a origem de tal alegria. É Deus que tem a primeira ação, o olhar parte de Deus que vê a simplicidade de seus filhos e filhas.

Bodas de Caná

O episódio das núpcias de Caná (Jo 2, 1-12) nos ensina como Maria é modelo de consolação. Maria, Jesus e seus discípulos são convidados para esta festa de casamento. A certa altura Maria, mulher atenta (como todas as mães, sempre com um olho em todas as situações) descobre que falta o vinho (elemento essencial para a festa matrimonial daquela época). A atenção é a primeira qualidade daquele que quer ser consolador, deve estar atento ao mundo em que vive, àqueles que clamam por consolação. Ela, de imediato, vai ter com Jesus para o informar, mas estranhamente Jesus não parece nada preocupado, antes pelo contrário, parece ficar aborrecido com a sua mãe, dirigindo-lhe palavras pouco dignas de um filho "Que queres de mim..." (Jo 2, 4). A sua hora ainda não tinha chegado! Porém, a situação mudou, a água foi transformada em vinho, e a festa pôde continuar. Este episódio demonstra-nos como Maria leva a consolação àquela festa, a falta de vinho poderia ter causado o desastre (ou mesmo o final da festa), mas a atenção de Maria salvou a situação. Ela leva para todos uma dupla consolação: a primeira é suprir a falta de vinho; a segunda e mais importante é Jesus! Pois, através do gesto de Maria, se revela a verdadeira consolação: seu Filho!

Um outro episódio que nos ajudar a ver em Maria nosso modelo de consolação é a sua presença junto à cruz, assim como também entre os discípulos após a morte e ressurreição de Jesus. O evangelista João coloca junto à cruz Maria. A situação é dramática, a mãe que vê o seu único filho morrer crucificado. É neste momento que Jesus olha para sua mãe (Jo 19, 26) tal como tinha acontecido no início quando “Deus olhou para a humildade de sua serva” (Lc 1, 48), a vê e lhe confia uma importante tarefa: ser consolação para o seu discípulo amado (ele é o modelo de todos os discípulos). A esta situação dramática, João acrescenta uma certa intimidade, no diálogo que Jesus tem com sua mãe e o seu discípulo amado. Maria deverá agora consolar seus discípulos e estes deverão recebê-la como Mãe. Maria assume desde logo a sua missão de ser consoladora. O livro dos Atos dos Apóstolos nos diz como Maria está com os discípulos nas difíceis horas após a morte e ressurreição, ela era presença assídua com eles.

Que a festa de Nossa Senhora Consolata nos anime a todos para partir em missão, uma missão evangelizadora e consoladora.
Ultima modifica il Giovedì, 05 Febbraio 2015 20:29
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